sábado, dezembro 09, 2006

Leituras












É sempre um prazer reler os clássicos de James Clavell, sobretudo Xógum e Tai-Pan. Este último, escrito em 1966, centra a sua trama nos primórdios de Hong Kong, a tomada da ilha pelos ingleses e o nascimento do porto. A figura central, Dirk Struan e o seu maior adversário, Tyler Brock, são dois exemplos de determinação e coragem. Armadores e negociantes hábeis, dedicam-se aos interesses da coroa de Sua Majestade ( e aos seus) , através do comércio de ópio, em que enfrentam os perigos de uma China repleta de mercenários.



sexta-feira, dezembro 08, 2006

Postal ilustrado


Juncos nas águas de Hong Kong

A mais rica do mundo!




Segundo a revista Forbes estes são os chineses mais ricos:

1. Wong Kwong Yu (foto de cima)
2. Xu Rongmao
3. Larry Rong Zhijian
4. Zhu Mengyi
5. Yan Cheung
6. Zhang Li
7. Shi Zhengrong
8. Liu Yongxing
9. Guo Guangchang
10. Lu Guanqiu





O destaque vai para a senhora Yan Cheung, uma self-made woman chinesa, de 49 anos, detentora de uma fortuna avaliada em mais de 2700 milhões de euros. É a mulher mais rica do mundo! A sorridente e simpática chinesa enriqueceu a gerir uma empresa de reciclagem de papel e fabrico de embalagens denominada Nove Dragões, sediada em Hong Kong.




quinta-feira, dezembro 07, 2006

Passagem para a Índia

Artigo de opinião no Diário Económico:

"Quer a China como a Índia concorrem para a afirmação dos seus países como potências regionais e aspiram ao afastamento da hegemonia americana na região"

DE

terça-feira, dezembro 05, 2006

SIDA na China



Na China, o número de casos de pessoas infectadas com o virus da SIDA aumentou 28% nos primeiros dez meses do presente ano – de 144,089 casos em Dezembro de 2005, para 183,733 em 31 de Outubro de 2006. O Ministro da Saúde, num recente relatório, mostrou muita preocupação com a rápida propagação do vírus no seu país. Ainda por cima, alguns especialistas afirmam que os dados agora divulgados podem ser inferiores à realidade. Apontam para os 650,000 de infectados, o que agrava as preocupações sobre esta síndrome no Império do Meio.


sábado, dezembro 02, 2006

Postal ilustrado


Macau de outros tempos

Leituras


Mais uma obra sobre Macau, desta vez, a relação do território com a política externa chinesa na era de Mao (1949-1976). Será interessante verificar como o regime olhou para a colónia portuguesa, sobretudo, durante os perigosos tempos da Revolução Cultural. E, como a porta do cerco serviu de entreposto aos interesses de Pequim. Uma obra a não perder!

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Entre a história e a geografia


Numa pintura do século XVII de Johannes Vermeer podemos percepcionar a relação da história e da geografia, mas sobretudo a relação entre o tempo e o espaço. A presença viva da história é o factor diferenciador entre a Europa e a China e, por outro lado, os Estados Unidos. Enquanto os dois “velhos mundos” têm uma plêiade de memórias ancestrais, o espírito americano, na ânsia de novas fronteiras, tem uma história pouco profunda.

Esta relação da pintura de Vermeer com a história e a geografia foi desenvolvida por David Gosset: A symphony of civilizations

quarta-feira, novembro 15, 2006

Leituras



A Comunidade de Negócios Chinesa em Portugal. Catalizadores da Integração da China na Economia Global, de M. Beatriz Rocha-Trindade, Miguel S. Neves e Annette Bongardt, bem como The Role of Overseas Chinese in Europe in making China Global: the case of Portugal, de Annette Bongardt e Miguel S. Neves são os títulos das obras que hoje foram lançadas na Universidade de Aveiro.


Sinopse

Estes estudos analisam as características e dinâmica da comunidade de negócios chinesa em Portugal no contexto do fenómeno crescente dos fluxos migratórios chineses para Portugal e para a Europa. Com base em pesquisa original baseada em fontes primárias obtidas a partir de inquéritos e entrevistas realizadas com empresários chineses e associações empresariais, o estudo apresenta uma análise aprofundada do papel desempenhado por esta comunidade como facilitador da integração da China na economia mundial e como potencial ponte entre a União Europeia (UE) e a China.

Como é salientado pelo Prof. Valadares Tavares em prefácio, para além das dimensões formais que são geralmente consideradas para explicar este reforço da posição da China no sistema internacional, estes estudos analisam as dimensões informais, nomeadamente o complexo funcionamento da rede de Overseas Chinese que tem um papel fundamental na explicação do sucesso Chinês, oferecendo, nas palavras de Ion de la Riva, Director-Geral da Casa Ásia, Barcelona, informações preciosas ao analisar o funcionamento das comunidades chinesas em Portugal em estreita relação com as de outros países da UE e permitindo, na opinião do Prof. François H. M. Raveau (EHESS, Paris), descobrir uma micro-sociedade polimorfa, activa, industriosa e cosmopolita, bem como a exploração dos seus prolongamentos na comunidade europeia, através de múltiplas redes de interesses.

UA

domingo, novembro 12, 2006

O grande desafio da América



Segundo THOMAS L. FRIEDMAN , num artigo publicado no The New York Times, o grande desafio da América e da recém-chegada maioria democrata, não será o Iraque, o Afeganistão, ou o terrorismo em geral. O autor acredita que quando a história da presente era for escrita o 9/11 e as repetidas incursões militares terão uma importância relativa. O verdadeiro estrondo para a América que ficará gravado nos manuais escolares é a emergência da China e da índia e de como o mundo se reajustará a esta nova realidade.


The New York Times

quinta-feira, novembro 09, 2006

Soma e segue!


Segundo uma projecção da Organização Mundial do Comércio (OMC), a China deverá ultrapassar a Alemanha e converter-se, em 2007, na segunda maior potência comercial do mundo, apenas atrás dos Estados Unidos. A taxa de crescimento chinesa volta a atingir os dois dígitos ao ano e a exportar em grande força para o mundo.


Num relatório hoje apresentado, a OMC ao avaliar a evolução das trocas comerciais à escala global, demonstrou que o excedente da balança comercial chinesa, que em Outubro atingiu um novo máximo histórico de 23,8 mil milhões de dólares, deverá continuar a aumentar. Em contrapartida, aquela organização antecipa um agravamento do défice dos Estados Unidos, que já no ano passado atingiu o equivalente a 8% do PIB.

WTO

quinta-feira, novembro 02, 2006

Leituras

A Longa Marcha
Ed Jocelyn e Andrew Mcewen

Mais uma obra sobre as epopeias de Mao:

Que foi exactamente a Longa Marcha, essa lendária caminhada que fez a China de Mao?

Em Outubro de 1934, a Primeira Frente do Exército do Partido Comunista Chinês escapou à aniquilação das forças nacionalistas de Chiang Kai-shek: 80 000 homens, mulheres e crianças abandonaram as suas casas e os seus pertences para seguir Mao Zedong rumo ao desconhecido. Um ano, 6436 quilómetros e inúmeras batalhas depois, havia menos de 4000 sobreviventes. Destes nasceria o exército que, ao longo catorze anos, conquistou a China, alterando a história do país para sempre.
Em 2002, Ed Jocelyn e Andrew McEwen partiram a fim de refazer a viagem do Exército Vermelho e registar as experiências das últimas testemunhas da Longa Marcha — antes que fosse demasiado tarde. No seu percurso, descobriram uma História viva, incluindo a dos Tibetanos, cujos relatos os censores chineses queriam banir e, sensacionalmente, a de uma mulher que poderá bem ser a filha perdida de Mao.
A presente história contrasta claramente com a versão oficial e com afirmações recentes de que a Marcha terá sido uma fraude; na verdade, ela aconteceu, mas não da forma como foi utilizada pela máquina de propaganda de Mao para chegar ao poder supremo.

Ed Jocelyn e Andrew McEwen conheceram-se na universidade, em Inglaterra, em 1987. McEwen foi para a China em Março de 1997, após uma carreira como editor em jornais dos Estados Unidos e do Reino Unido. Jocelyn partiu para a China após ter concluído um PHD em História. Deixaram ambos o seu trabalho como editores – McEwen no Beijing Today e Jocelyn no China International Business – para iniciarem o projecto «A Nova Longa Marcha». Actualmente, McEwen trabalha como editor no China Features em Beijing e Jocelyn participa na expedição da Longa Marcha II, que segue um dos caminhos históricos alternativos.

Numa livraria perto de si!

segunda-feira, outubro 30, 2006

Guanxi: Scalling the Wall of China




Peter Hemming é consultor e professor académico especializado em técnticas de negociação com o mercado chinês. Está hoje em Lisboa, como convidado especial do "Scalling the Wall of China", evento organizado pela consultora de recursos humanos Jason Associates.

Entrevista Portugal News (ICEP)/Jornal de Negócios

quinta-feira, outubro 26, 2006

O milagre da multiplicação



Painel Portugal/China

Ai vai a minha contribuição para o painel:

No cardápio das agridoces relações sino-americanas, a iguaria dos direitos de propriedade intelectual tarda a ser digerida pelos “homens das raças amarelas”, assim denominados os orientais pelo grande Eça. No ‘tête-à tête’ temos, de um lado, os Estados Unidos da América, a maior potência do mundo na criação de conteúdos criativos; do outro, a maior potência do submundo da pirataria e da contrafacção. Este, que representa 8% a 10% do comércio mundial, é considerado por Michel Danet, o secretário-geral da Organização Mundial da Alfândega (OMA), “o crime do século XXI, a face escondida da globalização”.

Artigo completo:
Diário Económico

quarta-feira, outubro 25, 2006

A oportunidade vinícola



As importações de vinho na China crescem a topo, apesar da preferência dos chineses por cerveja, aguardente e licor tradicional. Nos primeiros setes meses de 2006 atingiram as 60,6 mil toneladas, mais 88,8% que em 2005. Entre os principais fornecedores estão o Chile, Austrália, França e Itália. Como não podia deixar de ser, Portugal continua a não aproveitar mais esta oportunidade.

Chinese Wine Market Research Report 2006

terça-feira, outubro 24, 2006

O capitalismo vermelho



Um artigo escrito por Brice Pedroletti, jornalista do Le Monde, alerta para o gangsterismo das expropriações e das demolições em Xangai. Penso que não haverá outro lugar no mundo onde a expressão Capitalismo Selvagem , e neste caso também vermelho, melhor se aplique.

Shanghaï : les dessous sales du capitalisme rouge

quarta-feira, outubro 18, 2006

A democracia na China: Livro Branco ou livro em branco?


Um interessante artigo de Xulio Rios vem publicado na última edição da revista Relações Internacionais do IPRI. Em foco está a análise da evolução da democracia na China.

Em Outubro de 2005, as autoridades comunistas chinesas anunciaram a publicação do documento sobre a «Construção da Democracia Política da China», o qual insiste na defesa do regime vigente como o mais adequado para a China do presente. Não se trata pois de explicitar um programa de reforma, mas de explicar a opção sistémica dos actuais governantes, dirigindo-se expressamente àqueles que, no exterior, formulam e inspiram medidas de pressão para condicionar a sua evolução futura. Da sua leitura facilmente se depreende que a democratização não é uma prioridade na China dos dias de hoje. É possível que, com o desenvolvimento económico, o controlo cerrado que o Partido exerce sobre a sociedade vá perdendo alguma consistência. Mas isso apenas sucederá muito gradualmente, e num horizonte temporal mais longo do que curto.

IPRI

segunda-feira, outubro 16, 2006

Postal Ilustrado



O Deserto de Gobi (gobi significa "deserto" em mongol) é uma vasta região pedregosa, compreendida entre o norte da China e a Mongólia, sendo o habitat de espécies raras como camelo da Bactriana e o cavalo de Prcewalski. É conhecido no mundo da paleontologia pela riqueza e qualidade dos seus fósseis.

domingo, outubro 15, 2006

A harmonia social




O conceito de harmonia social tem pouco mais de um ano no Império do Meio e afirma-se como uma fórmula mágica para o regime, estando paulatinamente a ser incluído no pensamento oficial. Num artigo do jornal francês, Le Monde, o jornalista Bruno Philip refere como Hu jintao está francamente empenhado em lutar contra as desigualdades sociais e contra a corrupção.

Le Monde : Hu Jintao promet l'"harmonie sociale" contre les inégalités et la corruption en Chine

Who worked on china`s great wall?



Como foi construída a Grande Muralha da China? Aquela majestosa construção vista do espaço. Tão grande, tão grande, que Marco Pólo não a encontrou!!! Será que esteve no Catai? O cartoon em anexo é o resultado de um criador de BD com a imaginação muito fértil. Aproveita-se a ideia de como foi construído o grande colosso, com alguma graça...

sábado, outubro 14, 2006

Leituras



Macau: Poder e Saber é uma obra que nos possibilita viajar até ao século XVI e primeira metade do século XVII, acompanhando o nascimento e consolidação de um dos territórios que, por gozar de uma localização geográfica privilegiada, se tornou um dos mais fascinantes da nossa história.
Palco do diálogo entre culturas e mundividências radicalmente diferentes e ponte comercial entre a Europa e o Sudeste Asiático, ao longo destas páginas assistimos à rápida transformação de Macau de pequena aldeia de pescadores num florescente e poderoso empório marítimo-comercial e não só, numa perspectiva que não deixa de pôr lado a lado micro e macrocosmos.

Culminando anos de investigação e assente em sólida documentação, esta é uma obra de amplo interesse que vem somar ao nosso conhecimento de uma das épocas de maior riqueza intelectual e cultural da nossa história.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Crescimento descontrolado?



Alguns analistas consideram que o abrupto crescimento económico chinês, da segunda metade de 2006, está a provocar um descontrolo económico e apontam para uma possível desaceleração, com repercussões negativas no resto do mundo. Num trabalho realizado por Pablo Bustelo, editado pelo Real Instituto Elcano, intitulado China: Is Economic Growth Out of Control?, o autor desmistifica a visão pessimista, mas defende a continuação da tomada de medidas para evitar o risco de sobreaquecimento da quarta maior economia do mundo.

Artigo Completo: Real Instituto Elcano

quinta-feira, outubro 12, 2006

Postal Ilustrado



Sem Comentários

A China e a Lusofonia



Mais um artigo do painel Portugal/China

Iniciativas como o Fórum de Macau ou o Fórum China-África constituem acima de tudo “operações de charme” do Governo chinês.

Artigo completo: Diário Económico

domingo, outubro 08, 2006

Leituras

OS SEGREDOS DE JIN-SHEI
Alma Alexander



Tendo como cenário o esplendor da China medieval, Os Segredos de Jin-Shei propõe uma viagem a um local mágico, o Império de Syai, com séculos de história, uma cultura exótica e tradições religiosas multifacetadas.

Tai é ainda uma criança quando acompanha pela primeira vez a mãe, uma costureira, ao Palácio de Verão do Império de Syai. Nessa ocasião a jovem conhece a princesa Antian, herdeira ao trono do Império, nascendo uma amizade que une duas meninas de origens e posições diferentes.

Antian oferece a Tai um presente precioso: o juramento de jin-shei, um laço de amizade que apenas pode ser celebrado entre mulheres e que as unirá para sempre num vínculo mais forte ainda do que os próprios laços de sangue. Quando um terramoto destrói o Palácio, Antian pressente a sua morte e obtém de Tai a promessa de cuidar da sua irmã mais jovem, Liudan, que lhe irá suceder no trono.

Nos anos que se seguem, esta promessa e o juramento de jin-shei vão modelar a vida de várias mulheres: a imperatriz Liudan, que empreende uma luta feroz pelo poder e pela imortalidade, Yuet, a curandeira e confidente da imperatriz, a erudita Khaelin, cuja sede de conhecimento a conduz a um mundo de segredos obscuros, Nhia, a sábia, Xaforn, a guerreira órfã, pronta a dar a vida pelas irmãs jin-shei, a cigana Tammary, cuja linhagem secreta poderá arruinar a casa imperial, a ambiciosa Qiaan, filha adoptiva de um guarda de palácio, e a própria Tai, artista e poeta, que gera os primeiros laços de jin-shei entre todas – laços que devem ser honrados, fruídos, até ultrajados, mas nunca quebrados.

Os Segredos de Jin-Shei é uma história épica e mística, mas simultaneamente real e humana, que absorve o leitor à medida que acompanhamos o amadurecimento das protagonistas, num mundo antigo onde os elementos do sobrenatural e da magia se entrecruzam com o drama humano da existência e da demanda pela imortalidade.

sábado, outubro 07, 2006

O mundo à Pequim




A China afirma-se no plano internacional. A sua diplomacia, discreta mas eficaz, defende, por vezes, regimes bastante discutíveis. Dirigentes chineses percorrem o planeta, com predilecção pelos países petrolíferos do Sul. O Império do Meio assina contratos, participa em missões de paz e constrói pontes e fábricas. «Neocolonialismo» galopante? Pequim prefere falar de trocas equitativas, rumo a um mundo harmonioso.

A ver no Courrier Internacional desta semana

domingo, outubro 01, 2006

O Novo Mandato da Manchúria



A revista National Geographic de Setembro tem uma reportagem especial sobre a região da Manchúria, concretamente sobre a política chinesa chinesa para redinamizar o Nordeste do país, uma região que foi decisiva na economia centralizada de Mao Tsé-Tung. Na Manchúria, pode estar o próximo motor da industrialização chinesa.


"Já não há forma de voltar atrás. Isso, pelo menos, o Homem-de-Ferro sabe. O autocarro começa a rolar e desce a estrada de terra batida da aldeia de Dongfa, levando consigo o jovem operário e a sua mulher, para longe desta cidade-fantasma junto à fronteira russa. O casal aperta-se no banco de trás. Ela segura um saco de viagem azul berrante e ele o fardo enfadonho da história. Há vinte e seis anos, os seus pais deram-lhe o nome de Wang Tieren, ou Homem-de-Ferro Wang. Queriam homenagear o venerado símbolo comunista cuja luta abnegada simbolizava a força da indústria no Nordeste da China, região fabril e metalúrgica que então alimentava os sonhos comunistas de uma República Popular. Este novo Homem-de-Ferro que viaja de autocarro – silencioso, esquelético, ar preocupado vincado na testa sardenta – simboliza a mesma região, mas numa nova época de desafios: no preciso momento em que outras zonas da China florescem, numa corrida desenfreada rumo à economia de mercado, a outrora orgulhosa Manchúria (nome pelo qual é conhecida no estrangeiro) passa por tempos difíceis; tal como o Homem-de-Ferro Wang, a própria Manchúria procura desesperadamente a salvação".

National Geographic

Arroz de Lulas



Hoje são eleições no Brasil que deverão reeleger o Lula como Presidente. Lula da Silva é o presidente que irá vencer pelo desgaste do povo, que já não se importa com a corrupção dos políticos nem com a escolaridade de quem os comanda. Apenas querem que no meio da confusão política e da corrupção possam viver um pouco melhor. Mas também os empresários nele apostam, porque, como diz o Jornal O Estado de São Paulo: Sabe que com ele tudo muda para permanecer na mesma.



Para a posteridade ficam frases como esta, de um político que proclama a superioridade política com a sua escolaridade insuficiente:

"Quando Napoleão visitou a China, disse: a China é um gigante adormecido. No dia em que acordar, o mundo vai tremer».

Uma delicía! Viva o Brasil!

quarta-feira, setembro 27, 2006

PIB verde e céu azul?



Mais um artigo de opinião do painel Portugal/China, publicado no Diário Económico.
Desta vez estão em destaque questões ambientais:

O “PIB Verde” tem o mérito de alertar os responsáveis políticos chineses e o mundo para a urgência de resolver os problemas ambientais.

terça-feira, setembro 26, 2006

Leituras

Globalização e Interesses Nacionais: A Perspectiva da China
Wei Dan



Chegou ao mercado mais uma publicação da chinesa Wei Dan, tendo em conta a conjuntura internacional da actualidade e a realidade chinesa.





Parte I
O Mundo em Globalização

Globalização no quadro teórico
Globalização no quadro histórico
Regulação da Globalização
Fenómenos jurídicos aliados à globalização

Parte II
Os Interesses Nacionais e o caso da China

Teoria dos interesses nacionais
Teoria jurídica relacionada com o núcleo de interesses nacionais: a soberania
Os interesses nacionais da China

Parte III
A Ordem Mundial e as Relações Externas da China

Disposição mundial e sistema internacional
Regime internacional
Regime internacional e a China

segunda-feira, setembro 18, 2006

Negócios da China



Uma emotiva reportagem da Sky News, transmitida hoje pela SIC, alerta para um flagelo da china dos dias de hoje. Centenas de crianças são todos os anos raptadas no Império do Meio, em parte, devido à lei chinesa que, salvo raras excepções, só autoriza os casais a ter um filho. Como os rapazes são mais desejados, há casais que preferem comprar um a arriscar ter uma filha. A reportagem mostrou um traficante que se fazia amigo dos pais para depois lhes raptar as crianças, chegando a vender o próprio filho por 600 euros para pagar dívidas. Como se não bastasse, as autoridades ainda perseguem os casais lesados e destroem os panfletos usados para encontrar as crianças desaparecidas. Muitas são vendidas em orfanatos oficiais.

Mais uma vez, a China comprova que é um país de contrastes. Tanto nos concede imagens de deleite e admiração, como nos deixa cair na desilusão. Apesar de tudo,as imagens que a SIC hoje apresentou não representam o universo chinês, mas antes um problema identificado e localizado, alimentado por duas das maiores calamidades dos dias de hoje naquele país: a miséria e a corrupção. Urge, portanto, o crescimento e desenvolvimento das regiões mais desfavorecidas para que cenários destes deixem de existir. Associar toda a China com este problema seria o mesmo que relacionar todo o Portugal com os casos de pedofília. É preciso saber discernir...

quarta-feira, setembro 13, 2006

A China como oportunidade



Mais um artigo, mais uma opinião e mais uma visão sobre a China, enquadrado no painel Portugal/China publicado no Diário Económico:

"Desde que se tomem as devidas precauções, e a atitude certa, o mercado chinês pode ser fonte de grandes oportunidades para as empresas portuguesas"


Artigo Completo: Diário Económico

domingo, setembro 10, 2006

Still Life


O cinema chinês continua a dar provas de qualidade nos grandes festivais internacionais. Desta vez foi o realizador Jia Zhang Ke, que arrecadou o Leão de Ouro do Festival de Veneza com o filme Still Life. Não sendo um dos principais favoritos, Still Life constava na "segunda linha" do lote de títulos que podiam aspirar à vitória. No entanto, o júri presidido por Catherine Deneuve acabou mesmo por recompensar um dos mais importantes nomes do cinema chinês de hoje.


Passado na zona onde foi construída a monumental Barragem das Três Gargantas, que está a inundar parte da região, submergindo cidades e obrigando ao realojamento (muitas vezes forçado) das populações, Still Life documenta as consequências físicas e humanas desta contestada obra, concretizada numa altura de mudança vertiginosa para a sociedade chinesa. Este é o pano de fundo contra o qual Zhang Ke desenvolve as histórias de duas pessoas que voltam à região por motivos diferentes, mantendo-se fiel à sua estratégia de registar as grandes alterações do seu país a partir de enredos pessoais ou de movimentações de pequenos grupos.

STILL LIFE

sexta-feira, setembro 08, 2006

Nataschomania



Recebi hoje mais um daqueles adoráveis mails criado, provavelmente, por mais um inveterado xenófobo que não se conforma com a presença chinesa em Portugal. Desta feita, não sei se por influência da história da Natascha, saiu mais este conto trágico-cómico. Vá lá! Já ninguém tem pachorra para estas birras de gente desmamada.

Quem quiser pode ler o indecoroso despautério:


"Há algumas semanas atrás, numa loja de Chineses, em ÁGUEDA:

O pai deixou a filha à porta da loja (que de certo tinha alguma compra
a fazer nesse estabelecimento), e aguardou por ela no estacionamento
dentro do carro. Após bastante tempo de espera, resolveu entrar na
loja à procura da sua filha, mas não a conseguia encontrar lá dentro.
Questionou alguns funcionários da loja que afirmavam não a terem
visto, teimou de tal forma que a filha tinha entrado para a loja, ao
ponto de chamar a polícia, os polícias entraram e também não
encontravam a jovem, até que por fim chamaram reforço de colegas com
cães-polícia que através do seu faro conseguiram detectar a presença
da jovem numa zona mais retirada da loja, dentro de um alçapão. A
jovem já tinha o corpo marcado perto de alguns órgãos vitais e o
destino dela seria: MORTA PARA TRÁFICO DE ÓRGÂOS.


Outro caso idêntico aconteceu na loja de Chineses, no RETAIL PARK, em
AVEIRO:


O marido ficou a fumar um cigarro à porta da loja enquanto que a
esposa entrou. Quando o marido após alguns minutos entrou à procura da
esposa, também já não a viu. Após procurar por ela, esta também já
estava amarrada nas traseiras da loja e o destino dela provávelmente
seria o mesmo.


Agora, se entrarem numa loja desses filhos da ....., tenham o cuidado
de não irem sózinhos, pois facilita-lhes o trabalho. Isto não é
brincadeira, P.F. divulguem ao maior nº de pessoas possível.


Agora pensem:


É ESTE O AGRADECIMENTO DOS CHINESES AO ESTADO PORTUGUÊS, por não lhes
cobrar impostos durantes 5 anos para abertura de lojas.


...Que os pariu, éra mandá-los todos recambiados para a China..."

quinta-feira, setembro 07, 2006

A Europa e a China



O Parlamento Europeu está a apreciar um dos piores relatórios que estará em apreço, desde há anos: o relatório Belder sobre as relações China - UE.

Análise de Joel Hasse Ferreira no Diário Económico


Os três pontos principais do artigo:

"1. O conflito interno à União sobre as tarifas a aplicar eventualmente às importações da China e do Vietname de sapatos de couro, não é exactamente, nem apenas, um conflito entre ”proteccionistas” e liberais. Há outras questões em jogo. De interesses económicos bem diversos. Alguns dos Estados membros têm uma significativa produção de calçado, de qualidade diversa e nível de ‘design’ variado, mas cuja competitividade, nos planos europeu e mundial, é afectada pelo ‘dumping’ social e pelas ajudas de Estado praticadas nalguns países asiáticos, como a China e o Vietname. Outros têm essencialmente participações accionistas e até quadros em empresas localizadas nesses Estados asiáticos.

2. Entretanto, o Parlamento Europeu está a apreciar um dos piores relatórios que estará em apreço, desde há anos: o relatório Belder sobre as relações China - União Europeia. E a estreiteza de vistas do relatório é pungente. Não entendendo a largueza dos campos de aplicação, nem a complexidade das relações entre a Europa e a China, produz um conjunto de banalidades de base, de forma superficial, no domínio dos direitos humanos. A Europa e a China merecem mais.

3. Os confrontos quanto ao modelo social europeu emergem frequentemente no terreno social e nos palcos políticos europeus. O que é natural, porque o modelo recobre diferentes variantes e sustenta diversas aplicações. Entretanto, o relatório conjunto do socialista irlandês Proinsias de la Rossa e de Silva Peneda representa um equilibrado compromisso entre as principais forças políticas europeias e gozou de um elevadíssimo apoio na Comissão de Emprego e Assuntos Sociais do Parlamento Europeu. Veremos, no hemiciclo de Estrasburgo, o resultado da deliberação, provavelmente por votação nominal e electrónica Nos momentos decisivos, a cada um a sua responsabilidade."




Subscrevo as ideias do eurodeputado Joel Hasse Ferreira. Parece-me legítimo, para além das questões comerciais, que a Europa defenda o seu projecto social, que durou mais de um século a construir. Sabemos que temos de abdicar de muitos privilégios, mas que modelo querem seguir? O modelo chinês? Será que para podermos competir na economia global temos de abdicar das condições sociais que nos habituámos a ter? Temos de ser nós a pagar por um modelo em que a vida humana tem um valor muito reduzido? Vivemos hoje na desenfreada era da globalização em que se abriram as fronteiras mas não se protegeram o domínio humano, social e ambiental. Tenho visto muita verborreia de economistas a afirmar que a culpa é dos empresários que não se prepararam para o embate concorrencial. Em parte é verdade, mas é muito mais do que isso. Há muitos empresários bem preparados que não conseguem sobreviver devido aos malabarismos e exploração vinda do Oriente. Isto é legítimo? Hoje, apenas a economia está a triunfar em detrimento da realidade humana; no final estaremos todos a viver pior. Sou a favor da globalização, mas não desta globalização que parece que ninguém quer ver...

terça-feira, setembro 05, 2006

Funeral Thong



A China é um país que choca nos usos e costumes. Há uma velha crença que diz que quanto mais pessoas comparecem a um funeral, maior reconhecimento é prestado ao defunto. Amigos do seu amigo, defensores da família, os chineses procuram assim ter sempre multidões nas exéquias fúnebres. Numa tentativa de juntarem verdadeiras multidões nas ditas cerimónias, alguns lembraram-se de abrilhantá-las com actividades extra. Uma delas foi a de fazerem com que artistas de striptease passassem a acompanhar os enterros, atraindo assim mais pessoas. Esta prática, muito comum nas zonas rurais, começou por chocar algumas pessoas e depressa se tornou alvo de reportagens televisivas. A polícia resolveu intervir e deteve, no distrito de Donghai, cinco angariadores. Para acabar com esta prática, as autoridades criaram mesmo uma linha telefónica onde uma simples denúncia pode valer, a quem a fizer, pouco mais de 29 euros Desta forma, terminou mais uma lucrativa e imaginativa actividade económica na China. "Enriquecer é glorioso", mas há regras...

sábado, setembro 02, 2006

Game Over



Diz o governo chinês que "os jogos interactivos embrutecem a bela juventude". Por esse motivo, lançou uma solução inédita: vai mandar instalar em todas as consolas de jogos da China um sistema que impedirá os internautas de jogar mais de três horas seguidas. Passado este tempo, o super-herói do jogo perderá gradualmente os poderes até que o jogador perca o interesse pela brincadeira.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Deslocalizar? Não, obrigado!


A empresa têxtil portuguesa Abyss&Habidecor, sedeada em Viseu, quer se tornar uma marca de referência no mercado chinês nos próximos anos. Esta empresa já conta com lojas em Pequim, Xangai, Hangzhou, na província oriental de Zhejiang e em Tianjin.

Segundo Celso de Lemos, o presidente, “o objectivo da empresa é a abertura de novos pontos de venda em toda a China. A ideia é entrar nas cidades médias e no interior do país. Apesar de serem duas cidades importantes, o mercado chinês não é só Xangai e Pequim. A China é tão grande que há muitos outros mercados para aproveitar", considerou.

O curioso é que este empresário não quer falar em deslocalizar a produção, quando tantas outras empresas o fizeram para tirar vantagens competitivas.

Segundo ele, para reter, "a vantagem que a empresa tem em Portugal é a capacidade de adaptação rápida da mão-de-obra a novas exigências", afirmou. "Por isso, nem pensar em transferir. Até agora, só temos ganhado em fazer as coisas de forma diferente da concorrência e vir para a China seria simplesmente seguir a tendência de vir para produzir em massa no mercado onde a mão-de-obra é mais barata".

terça-feira, agosto 29, 2006

China, China, China!



Mais um espaço de opinião (Diário Económico)dedicado à emergência chinesa, com a passagem de vários convidados especializados no tema e tendo em conta as oportunidades de negócio de Portugal na RPC.

Neste primeiro artigo, da autoria de Carmen Amado Mendes, fica o destaque:

"A China representa já cerca de 6% do comércio mundial e deverá constituir-se este ano como a segunda potência comercial mundial"

Artigo Completo: Diário Económico