terça-feira, setembro 23, 2008

Leite Derramado



Mercados de todo o mundo fecham-se a produtos chineses

África, Ásia, Europa e América do Norte. O mundo está atento aos produtos lácteos “made in China” e há vários países a exigirem garantias sobre os produtos importados e a fazerem testes. Medidas de precaução que surgem quando há já mais de 54 mil crianças chinesas afectadas pela contaminação.

É nos vizinhos da China que as reacções mais se notam. Camboja, Brunei, Indonésia, Malásia e Singapura já proibiram qualquer importações de produtos lácteos chineses. A ilha Formosa (Taiwan) também alinhou no bloqueio a estes artigos. A Malásia alargou o travão a qualquer produto que contenha leite como, por exemplo, os chocolates. Ainda sem proibições, há ainda vários países que apertaram o controlo de qualidade dos produtos chineses vendidos e a retirada do mercado dos produtos lácteos. O Vietname fez isso, o Japão também.

Ainda na Ásia, nos países que não importam qualquer produto lácteo da China, como a Austrália, as autoridades estarão a fiscalizar os produtos vendidos nos pequenos mercados chineses existentes. Um dos alvos da operação australiana são uns populares doces feitos à base de leite chamados White Rabbit Creamy Candies que terão sido retirados do mercado em Singapura no passado domingo após os resultados positivos de testes de despistagem de melamina. O controlo também apertou na Coreia do Sul e na Tailândia e na Birmânia os lotes de leite em pó importados da China deverão ser destruídos como medida de precaução. O Bangladesh proibiu a venda de três marcas de leite importadas da China. Em Hong Kong as medidas datam da passada quinta-feira quando todos os produtos da empresa Yili (leite, gelados e iogurtes) foram retirados do mercado. Nas Filipinas os produtos lácteos estão a ser testados aleatoriamente. O ministro da Saúde já avisou ontem que todos os produtos lácteos chineses serão banidos se algum teste se revelar positivo.

Fonte: Público

quinta-feira, setembro 18, 2008

Contra a maré



China compra acções da banca para travar queda de cotação

O governo chinês aboliu hoje a taxa sobre as compras de acções e começou a adquirir títulos em três dos principais bancos do país para conter as respectivas cotações bolsistas, anunciou hoje a agência noticiosa estatal Nova China.

A decisão de suprimir esta taxa de 0,1 por cento será efectiva a partir de amanhã e destina-se a "fomentar a confiança nos mercados", acrescenta a agência oficial estatal chinesa.

No que respeita à compra de acções da banca, a agência precisou que um fundo de investimento dependente do governo, o Central Huijin Investment, tinha começado ontem a reforçar as suas posições no seio do Industrial and Commercial Bank of China, Bank of China e China Construction Bank, "de modo a sustentar as suas cotações num contexto de queda dos mercados bolsistas".

O Central Huijin foi o principal actor da reforma da banca na China nos últimos anos, tomando medidas contra a corrupção e os créditos de cobrança duvidosa que afectavam este sector.

Fonte: Lusa

AIG - O Dia Depois de Amanhã



The collapse of US insurance giant AIG and its US$85 billion takeover by the US government on Tuesday takes the US financial crisis right to the heart of China's development as a capitalist country.

AIG, the world's sixth-largest company by assets and biggest insurer, according to the Forbes Global 2000 list for 2007, is one of the few US institutions to be founded in China, its roots dating from 1919 when Cornelius Vander Starr, a veteran of World War I, founded a small insurance company in Shanghai called American Asiatic Underwriters, later to become AIG.

China's imploding US ally

By Richard Komaiko and Chris Stewart

Asia Times

sábado, setembro 13, 2008

Leituras: What does China think?


Muito poucas coisas que acontecem durante toda a nossa vida serão lembradas depois da nossa morte. Mas o desenvolvimento da China é diferente: tal como a ascensão e queda de Roma ou do império soviético, o eco das suas consequências terá reflexos para as gerações vindouras. Mas então porque é que se sabe tão pouco sobre o pensamento chinês,e sobre tudo aquilo que está a influenciar o futuro da China? Que tipo de país está a ser sonhado? Como é a sua influência no mundo de hoje?
Sabemos que metade das roupas e calçado que está ser produzido no mundo têm um rótulo Made in China, e que as nossas economias estão intrinsecamente ligadas ao Império do Meio, mas o que sabemos sobre as suas experiências democráticas; sobre o seu movimento anti-globalização; acerca dos seus planos para interagir com os EUA, e de como a sua influência faz crescer o mundo? O livro What Does China Think? De Mark Leonard procura dar resposta a todas estas questões, oferecendo uma fascinante e inesperada perspectiva sobre os debates que fazer furor na sociedade chinesa da actualidade.

ECFR
Foreign Affairs (Book Review)
Amazon

terça-feira, setembro 09, 2008

A Senhora das Águas



«Pequim reafirma as suas ambições navais» (por Olivier Zajec, cartografia de Philippe Rekacewicz) no Le Monde Diplomatique

Quinhentos anos atrás o um óbvio concorrente para a dominação dos oceanos , foi a exploração da frota imperial chinesa, a qual era tecnologicamente muito mais avançada do que todos os seus rivais. Mas o imperador decidiu fazer regressar a terra toda essa epopeia. Um erro colossal que a China não quer cometer duas vezes. O mar é cada vez mais para a China um meio de afirmação numa era marcada pelo fenómeno da globalização.

sexta-feira, setembro 05, 2008

Radar: China still on-side with Russia



Sino-Russian relations have been under intense scrutiny lately because of the Georgian-Russian conflict over the breakaway Georgian region of South Ossetia. For many in the West, China's cautious "neutrality" is a departure from, if not a betrayal of, its strategic partnership with Russia.

Such a view, among others, misreads the state of the Sino-Russian relationship without an adequate understanding of its depth, breadth and complexity. As a result, the Western perception of Beijing-Moscow ties has swung from one of threat against the West prior to the South Ossetia crisis to the current premature celebration of its obituary.

Yu Bin no Asia Times