quarta-feira, setembro 27, 2006

PIB verde e céu azul?



Mais um artigo de opinião do painel Portugal/China, publicado no Diário Económico.
Desta vez estão em destaque questões ambientais:

O “PIB Verde” tem o mérito de alertar os responsáveis políticos chineses e o mundo para a urgência de resolver os problemas ambientais.

terça-feira, setembro 26, 2006

Leituras

Globalização e Interesses Nacionais: A Perspectiva da China
Wei Dan



Chegou ao mercado mais uma publicação da chinesa Wei Dan, tendo em conta a conjuntura internacional da actualidade e a realidade chinesa.





Parte I
O Mundo em Globalização

Globalização no quadro teórico
Globalização no quadro histórico
Regulação da Globalização
Fenómenos jurídicos aliados à globalização

Parte II
Os Interesses Nacionais e o caso da China

Teoria dos interesses nacionais
Teoria jurídica relacionada com o núcleo de interesses nacionais: a soberania
Os interesses nacionais da China

Parte III
A Ordem Mundial e as Relações Externas da China

Disposição mundial e sistema internacional
Regime internacional
Regime internacional e a China

segunda-feira, setembro 18, 2006

Negócios da China



Uma emotiva reportagem da Sky News, transmitida hoje pela SIC, alerta para um flagelo da china dos dias de hoje. Centenas de crianças são todos os anos raptadas no Império do Meio, em parte, devido à lei chinesa que, salvo raras excepções, só autoriza os casais a ter um filho. Como os rapazes são mais desejados, há casais que preferem comprar um a arriscar ter uma filha. A reportagem mostrou um traficante que se fazia amigo dos pais para depois lhes raptar as crianças, chegando a vender o próprio filho por 600 euros para pagar dívidas. Como se não bastasse, as autoridades ainda perseguem os casais lesados e destroem os panfletos usados para encontrar as crianças desaparecidas. Muitas são vendidas em orfanatos oficiais.

Mais uma vez, a China comprova que é um país de contrastes. Tanto nos concede imagens de deleite e admiração, como nos deixa cair na desilusão. Apesar de tudo,as imagens que a SIC hoje apresentou não representam o universo chinês, mas antes um problema identificado e localizado, alimentado por duas das maiores calamidades dos dias de hoje naquele país: a miséria e a corrupção. Urge, portanto, o crescimento e desenvolvimento das regiões mais desfavorecidas para que cenários destes deixem de existir. Associar toda a China com este problema seria o mesmo que relacionar todo o Portugal com os casos de pedofília. É preciso saber discernir...

quarta-feira, setembro 13, 2006

A China como oportunidade



Mais um artigo, mais uma opinião e mais uma visão sobre a China, enquadrado no painel Portugal/China publicado no Diário Económico:

"Desde que se tomem as devidas precauções, e a atitude certa, o mercado chinês pode ser fonte de grandes oportunidades para as empresas portuguesas"


Artigo Completo: Diário Económico

domingo, setembro 10, 2006

Still Life


O cinema chinês continua a dar provas de qualidade nos grandes festivais internacionais. Desta vez foi o realizador Jia Zhang Ke, que arrecadou o Leão de Ouro do Festival de Veneza com o filme Still Life. Não sendo um dos principais favoritos, Still Life constava na "segunda linha" do lote de títulos que podiam aspirar à vitória. No entanto, o júri presidido por Catherine Deneuve acabou mesmo por recompensar um dos mais importantes nomes do cinema chinês de hoje.


Passado na zona onde foi construída a monumental Barragem das Três Gargantas, que está a inundar parte da região, submergindo cidades e obrigando ao realojamento (muitas vezes forçado) das populações, Still Life documenta as consequências físicas e humanas desta contestada obra, concretizada numa altura de mudança vertiginosa para a sociedade chinesa. Este é o pano de fundo contra o qual Zhang Ke desenvolve as histórias de duas pessoas que voltam à região por motivos diferentes, mantendo-se fiel à sua estratégia de registar as grandes alterações do seu país a partir de enredos pessoais ou de movimentações de pequenos grupos.

STILL LIFE

sexta-feira, setembro 08, 2006

Nataschomania



Recebi hoje mais um daqueles adoráveis mails criado, provavelmente, por mais um inveterado xenófobo que não se conforma com a presença chinesa em Portugal. Desta feita, não sei se por influência da história da Natascha, saiu mais este conto trágico-cómico. Vá lá! Já ninguém tem pachorra para estas birras de gente desmamada.

Quem quiser pode ler o indecoroso despautério:


"Há algumas semanas atrás, numa loja de Chineses, em ÁGUEDA:

O pai deixou a filha à porta da loja (que de certo tinha alguma compra
a fazer nesse estabelecimento), e aguardou por ela no estacionamento
dentro do carro. Após bastante tempo de espera, resolveu entrar na
loja à procura da sua filha, mas não a conseguia encontrar lá dentro.
Questionou alguns funcionários da loja que afirmavam não a terem
visto, teimou de tal forma que a filha tinha entrado para a loja, ao
ponto de chamar a polícia, os polícias entraram e também não
encontravam a jovem, até que por fim chamaram reforço de colegas com
cães-polícia que através do seu faro conseguiram detectar a presença
da jovem numa zona mais retirada da loja, dentro de um alçapão. A
jovem já tinha o corpo marcado perto de alguns órgãos vitais e o
destino dela seria: MORTA PARA TRÁFICO DE ÓRGÂOS.


Outro caso idêntico aconteceu na loja de Chineses, no RETAIL PARK, em
AVEIRO:


O marido ficou a fumar um cigarro à porta da loja enquanto que a
esposa entrou. Quando o marido após alguns minutos entrou à procura da
esposa, também já não a viu. Após procurar por ela, esta também já
estava amarrada nas traseiras da loja e o destino dela provávelmente
seria o mesmo.


Agora, se entrarem numa loja desses filhos da ....., tenham o cuidado
de não irem sózinhos, pois facilita-lhes o trabalho. Isto não é
brincadeira, P.F. divulguem ao maior nº de pessoas possível.


Agora pensem:


É ESTE O AGRADECIMENTO DOS CHINESES AO ESTADO PORTUGUÊS, por não lhes
cobrar impostos durantes 5 anos para abertura de lojas.


...Que os pariu, éra mandá-los todos recambiados para a China..."

quinta-feira, setembro 07, 2006

A Europa e a China



O Parlamento Europeu está a apreciar um dos piores relatórios que estará em apreço, desde há anos: o relatório Belder sobre as relações China - UE.

Análise de Joel Hasse Ferreira no Diário Económico


Os três pontos principais do artigo:

"1. O conflito interno à União sobre as tarifas a aplicar eventualmente às importações da China e do Vietname de sapatos de couro, não é exactamente, nem apenas, um conflito entre ”proteccionistas” e liberais. Há outras questões em jogo. De interesses económicos bem diversos. Alguns dos Estados membros têm uma significativa produção de calçado, de qualidade diversa e nível de ‘design’ variado, mas cuja competitividade, nos planos europeu e mundial, é afectada pelo ‘dumping’ social e pelas ajudas de Estado praticadas nalguns países asiáticos, como a China e o Vietname. Outros têm essencialmente participações accionistas e até quadros em empresas localizadas nesses Estados asiáticos.

2. Entretanto, o Parlamento Europeu está a apreciar um dos piores relatórios que estará em apreço, desde há anos: o relatório Belder sobre as relações China - União Europeia. E a estreiteza de vistas do relatório é pungente. Não entendendo a largueza dos campos de aplicação, nem a complexidade das relações entre a Europa e a China, produz um conjunto de banalidades de base, de forma superficial, no domínio dos direitos humanos. A Europa e a China merecem mais.

3. Os confrontos quanto ao modelo social europeu emergem frequentemente no terreno social e nos palcos políticos europeus. O que é natural, porque o modelo recobre diferentes variantes e sustenta diversas aplicações. Entretanto, o relatório conjunto do socialista irlandês Proinsias de la Rossa e de Silva Peneda representa um equilibrado compromisso entre as principais forças políticas europeias e gozou de um elevadíssimo apoio na Comissão de Emprego e Assuntos Sociais do Parlamento Europeu. Veremos, no hemiciclo de Estrasburgo, o resultado da deliberação, provavelmente por votação nominal e electrónica Nos momentos decisivos, a cada um a sua responsabilidade."




Subscrevo as ideias do eurodeputado Joel Hasse Ferreira. Parece-me legítimo, para além das questões comerciais, que a Europa defenda o seu projecto social, que durou mais de um século a construir. Sabemos que temos de abdicar de muitos privilégios, mas que modelo querem seguir? O modelo chinês? Será que para podermos competir na economia global temos de abdicar das condições sociais que nos habituámos a ter? Temos de ser nós a pagar por um modelo em que a vida humana tem um valor muito reduzido? Vivemos hoje na desenfreada era da globalização em que se abriram as fronteiras mas não se protegeram o domínio humano, social e ambiental. Tenho visto muita verborreia de economistas a afirmar que a culpa é dos empresários que não se prepararam para o embate concorrencial. Em parte é verdade, mas é muito mais do que isso. Há muitos empresários bem preparados que não conseguem sobreviver devido aos malabarismos e exploração vinda do Oriente. Isto é legítimo? Hoje, apenas a economia está a triunfar em detrimento da realidade humana; no final estaremos todos a viver pior. Sou a favor da globalização, mas não desta globalização que parece que ninguém quer ver...

terça-feira, setembro 05, 2006

Funeral Thong



A China é um país que choca nos usos e costumes. Há uma velha crença que diz que quanto mais pessoas comparecem a um funeral, maior reconhecimento é prestado ao defunto. Amigos do seu amigo, defensores da família, os chineses procuram assim ter sempre multidões nas exéquias fúnebres. Numa tentativa de juntarem verdadeiras multidões nas ditas cerimónias, alguns lembraram-se de abrilhantá-las com actividades extra. Uma delas foi a de fazerem com que artistas de striptease passassem a acompanhar os enterros, atraindo assim mais pessoas. Esta prática, muito comum nas zonas rurais, começou por chocar algumas pessoas e depressa se tornou alvo de reportagens televisivas. A polícia resolveu intervir e deteve, no distrito de Donghai, cinco angariadores. Para acabar com esta prática, as autoridades criaram mesmo uma linha telefónica onde uma simples denúncia pode valer, a quem a fizer, pouco mais de 29 euros Desta forma, terminou mais uma lucrativa e imaginativa actividade económica na China. "Enriquecer é glorioso", mas há regras...

sábado, setembro 02, 2006

Game Over



Diz o governo chinês que "os jogos interactivos embrutecem a bela juventude". Por esse motivo, lançou uma solução inédita: vai mandar instalar em todas as consolas de jogos da China um sistema que impedirá os internautas de jogar mais de três horas seguidas. Passado este tempo, o super-herói do jogo perderá gradualmente os poderes até que o jogador perca o interesse pela brincadeira.