sábado, maio 31, 2008

Postal Ilustrado



Criança que sobreviveu ao sismo que abalou a província chinesa de Sichuan solta uma gargalhada durante uma sessão de apoio psicossocial, no bairro de Zundao, no distrito de Mianzhu. Estas sessões têm como objectivo ajudar as crianças a superar o trauma emocional que lhes ficou depois de sobreviverem ao violento tremor de terra do passado dia 12 de Maio que já provocou a morte a mais de 62 mil pessoas.



Fonte: Público. Foto: Nicky Loh/Reuters

sexta-feira, maio 30, 2008

Leituras: O Mensageiro de Fidel




Está à venda no mercado português um curioso livro de Alexandre Coutinho – O Mensageiro de Fidel (Editora Guerra e Paz), que se centra no encontro secreto entre Deng Xiaoping e Fidel Castro, verificado na última década do século passado, elaborado através da recolha de um conjunto de documentos, artigos e livros pelo autor.

Coutinho aborda os trabalhos profissionais do jornalista francês Philippe Lancry (Le Fígaro), que depois de ter conseguido entrevistar o pequeno timoneiro e mais tarde Fidel, foi o testemunho privilegiado do encontro entre os dois líderes, conhecido por ter sido um dos encontros políticos do século. Mais que uma focagem no meeting poin, a narrativa recorda o momento político que marcou a aproximação entre os dois países (após o colapso da União Soviética), bem como as discussões em torno da opção da via da economia de mercado.

Segundo Adelino Gomes (Público), “Deng defende a ousadia e considera errado pensar-se que só existe economia de mercado «capitalista»; Fidel recusa a ideia de vender a Revolução «aos dólares do capitalismo» e avisa que «conduzir um carro com o pé no acelerador das reformas económicas e outro no travão do controlo político« acabará com o veículo a incendiar-se”.

Aguardam-se ecos! Boa leitura!





O autor:

Alexandre Coutinho

Alexandre Coutinho nasceu em Lisboa há 44 anos. Jornalista no quadro redactorial do Expresso desde 1988, trabalha há vários anos na Secção de Economia, onde desempenhou as funções de editor (1998-2000), e acompanha regularmente a área dos negócios e empresas. É licenciado e mestre em Comunicação Social pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Iniciou a sua carreira na imprensa como freelancer em 1984 e realizou no ano seguinte estágio profissional de jornalismo na redacção do parisiense Le Figaro. Em 1986, integrou como jornalista o quadro redactorial de O Jornal (especialização em Economia). Continua a desenvolver a sua actividade de jornalista e fotógrafo na área das viagens de aventura e descoberta, quer através das suas páginas pessoais na Internet, Viagens no Meu Planeta e Volta ao Mundo de Faca e Garfo (www.janelanaweb.com/viagens/index.html), quer em colaborações para outras publicações (jornais, revistas e livros). Nos últimos dez anos viajou por diversos países do mundo, dos cinco continentes, o que lhe permitiu conhecer in loco as respectivas realidades. É co-autor do livro A Irmandade dos Romeiros (2006).

Guerra & Paz

quarta-feira, maio 28, 2008

Novos ventos no Estreito?


We hope this will be the beginning of a new era, when we can reconcile, be together harmoniously and jointly strive for peace"

Foi o que Wu Poh-Hsiung, líder do partido nacionalista do Guomindang (GMD), disse aos jornalistas no aeroporto de Nanjing no início da histórica visita de seis dias à China popular. É a primeira vez que um presidente do GMD visita o continente. Tudo isto a menos de uma semana de Ma Ying-jeou ter assumido a presidência da ilha. Os novos ventos parecem trazer, claramente, a intensificação das relações económicas e um clima de paz sustentado. Mas será que quando se abordar a questão da soberania da ilha o clima se manterá? A China aceitará o princípio de “uma só China, duas interpretações", que implica a continuação do “status quo” e a manutenção da independência política, ou quererá trazer para debaixo das suas asas o controlo de Taipe?


Entretanto, num artigo de Jeffrey Harley, na Harvard International Review aborda o posicionamento dos EUA na questão de Taiwan, as ambiguidades e os seus interesses em piscar o olho ao Grande Dragão.

sexta-feira, maio 23, 2008

A viajar é que a gente se entende!







A jornalista espanhola Vicenta Cobo (El País ) testemunha em livro uma viagem que realizou à China em 2006. Nas suas 203 páginas da obra -"Viaje al corazón de China. En el vientre del dragón", ricamente ilustrado com fotografias da autora, os leitores podem mergulhar na milenar cultura chinesa. A jornada leva-nos à Cidade Proibida e aos Hutongs de Pequim, aos jardins de Suzhou, passando pelas montanhas de Yhangshuo e pelos arranha-céus de Xangai.
Sobre o livro diz Paul Villarrubia, autor do prefácio, que "é uma verdadeira história de viagens, lido com deleite e fluidez, numa narrativa divertida e cheia de histórias. Dentro de alguns anos este livro será um retrato do momento emocionante que a sociedade chinesa está a passar”.

Sem desprimor por Vicenta Cobo, referencio aqui outras viagens, outros testemunhos...






quarta-feira, maio 14, 2008

Lágrimas em Sichuan

Há 12 mil mortos confirmados só naquela provínciaMais de 23 mil pessoas presas nos escombros em duas cidades de Sichuan As autoridades chinesas acreditam que mais de 23 mil pessoas estejam presas debaixo dos destroços dos edifícios que ruíram em duas cidades da província de Sichuan, a mais afectada pelo forte sismo registado ontem na região.Segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, só na cidade de Mianyang mais de 18.600 pessoas são dadas como desaparecidas, acreditam-se que estejam presas nos escombros. Na cidade, que viu ruir grande parte dos seus edifícios, há já 3600 mortos confirmados.Na cidade vizinha de Mianzhu, também na província de Sichuan, há confirmação de dois mil mortos e 4800 pessoas desaparecidas. Segundo os últimos números oficiais, o sismo de ontem, com uma magnitude de 7,8 na escala de Richter, provocou pelo menos 12 mil mortos só na província de Sichuan, no sudoeste da China.Um dia depois do sismo, os militares conseguiram finalmente entrar no distrito de Wenchuan, uma região montanhosa onde se localizou o epicentro do forte abalo. A maioria das estradas de acesso à zona permanece, contudo, intransitável devido aos deslizamentos de terra e pedras e a intensa chuva está também a dificultar os socorros. Imagens divulgadas pela televisão nacional chinesa mostram casas em reinas, toneladas de pedras a ocupar as estradas, enquanto os sobreviventes tentam retirar o que podem dos escombros.

Público

quinta-feira, maio 08, 2008

Museu do Oriente



O Museu do Oriente é inaugurado dia 8 de Maio e está instalado num grande edifício na Doca de Alcântara desenhado pelo arquitecto João Simões nos anos 30 e agora readaptado pelo atelier de João Luís Carrilho. São sete pisos e uma área de 15.500 metros quadrados, onde convivem três espaços distintos de exposição. O museu promete uma programação vasta e variada.
O novo Museu do Oriente não vai servir para nos orientarmos na cidade de Lisboa - é na parte ocidental da cidade. Mas não é preciso tomar nota do endereço, porque em breve vai bastar apanhar o autocarro nº 12 - que terá mesmo ter escrito "Museu do Oriente". É aí que passa a terminar o percurso, a partir de 8 de Maio, o dia para que está marcada a grande inauguração deste novo equipamento cultural lisboeta.


sexta-feira, maio 02, 2008

L’Eveil de la Chine

Um livro que demonstra o movimento das ideias na China, desde Mao até ao congresso do PCC de Outubro de 2002.
«In opposition to those who think that China is mute or muzzled, Chen Yan provides proof in his monograph L'Eveil de la Chine that since the last quarter of the twentieth century it has once again become a veritable laboratory of ideas that serve to foster the reforms while criticising their trends, and he does so in order to attempt to give some sense to Chinese modernity. This book is not simply an intellectual history of contemporary China, it is also a reflection on the functioning and the conditions of the transformation of the Chinese totalitarian system. “How can a reform that runs counter to the Communist ideology establish itself over the long term?” asks the author.»