sexta-feira, maio 02, 2008

L’Eveil de la Chine

Um livro que demonstra o movimento das ideias na China, desde Mao até ao congresso do PCC de Outubro de 2002.
«In opposition to those who think that China is mute or muzzled, Chen Yan provides proof in his monograph L'Eveil de la Chine that since the last quarter of the twentieth century it has once again become a veritable laboratory of ideas that serve to foster the reforms while criticising their trends, and he does so in order to attempt to give some sense to Chinese modernity. This book is not simply an intellectual history of contemporary China, it is also a reflection on the functioning and the conditions of the transformation of the Chinese totalitarian system. “How can a reform that runs counter to the Communist ideology establish itself over the long term?” asks the author.»

quarta-feira, abril 23, 2008

Que rica costa!


La cultura china se cuela en Costa Rica
Una imagen centelleante de un dragón con una rápida voz que dice China se cuela entre las escenas de los anuncios televisivos del Festival Internacional de las Artes (FIA), el principal encuentro centroamericano, que Costa Rica celebra cada año con cientos de artistas de todo el mundo. A fin de cuentas, la vida pública costarricense es como esos avisos publicitarios desde hace un año, cuando el Gobierno de Óscar Arias se atrevió a romper la fidelidad centroamericana con Taiwán y aliarse con el régimen de Pekín.

domingo, abril 20, 2008

Ataque aos piratas!

Um homem reúne, com uma pá, um monte de dvd's piratas antes de serem destruídos. Esta é apenas uma das muitas acções anti-pirataria que têm sido levadas a cabo na China onde falsificações são vendidas em todas as esquinas.

O país tem feito uma campanha pública de defesa da propriedade intelectual.

(Foto: Reuters)

Mais do mesmo!


Milhares de pessoas manifestaram-se este sábado em Pequim e em várias outras cidades chinesas para denunciar o que dizem ser a desinformação ocidental sobre o Tibete e os protestos que se têm acompanhado o percurso da tocha olímpica... (Foto: Reuters)
Depois dos devaneios nacionalistas dos manuais escolares, chegaram as manisfestações sobre a "desinformação ocidental", naturalmente, com a vontade governamental. Não se esforcem, já sabemos do que se trata! (será que os participantes são pagos?) Num país que não de pode dar um pio, só com a vontade do governo é que se podem fazer "festas" deste género...

quarta-feira, abril 16, 2008

Independência para Taiwan?


O International Affairs Forum em Tóquio, uma organização ligada ao US Center for International Relations, apoiou um fórum envolvendo a opinião de seis académicos sobre a independência de Taiwan.


O resultado pode ser visto aqui: FÓRUM.

sábado, abril 12, 2008

China e Taiwan retomam contactos ao mais alto nível




A China e Taiwan retomaram hoje os contactos ao mais alto nível, com um encontro considerado histórico entre o Presidente chinês Hu Jintao e o vice-presidente eleito de Taiwan, Vincent Siew.O Presidente chinês e secretário-geral do Partido Comunista, Hu Jintao, encontrou-se com uma delegação de Taiwan, que incluía Vincent Siew, por ocasião de uma reunião económica regional, o Fórum de Boao para a Ásia, na ilha de Hainan (Sul da China).“Sou um veterano nas questões económicas de Taiwan. Espero que possamos reforçar a nossa cooperação económica”, comentou Siew.Taiwan espera um desbloqueio das suas relações com Pequim durante este encontro, considerado como o contacto ao mais alto nível entre a China e Taiwan desde a ruptura originada pela guerra civil em 1949.O novo Presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, foi eleito no final de Março e assumirá funções a 20 de Maio. Recentemente reafirmou a sua vontade em assinar um “tratado de paz” com a China para pôr fim ao conflito armado que nunca terminou, oficialmente, e que dura há 60 anos. Pequim vê Taiwan como parte do seu território e ameaçou intervir militarmente se Taiwan oficializar a sua independência.


Público

USA Today



Ma Ying-jeou and the Future of Cross-Strait Relations



Ma Ying-jeou and the Future of Cross-Strait Relations
By Willy Lam



While Ma Ying-jeou’s landslide victory at the presidential polls has lowered tension in the Taiwan Strait, and injected a shot of morphine into Taiwan's stock market, it is premature and unrealistic to expect a leap forward in Taipei-Beijing ties any time soon. The future of cross-Strait relations post-Chen Shui-bian has been complicated by the Chinese Communist Party's (CCP) “people’s war” against the Tibetan followers of the Dalai Lama in recent weeks. Ma and his Kuomintang (KMT) or Nationalists Party will also have to handle the Democratic Progressive Party’s (DDP) dogged scrutiny of any move by the KMT that could be construed as a concession toward Beijing—in other words, attempts by KMT to sell out the interests of native Taiwanese.




segunda-feira, abril 07, 2008

Tibete, ameaça à China?



A recusa de Pequim ao diálogo com o Dalai Lama não tem razões econômicas: está relacionada ao impulso nacionalista e ao temor de que a revolta agudize tensões hoje contidas na China. Mas tal postura tende a radicalizar a juventude tibetana e atiçar conflitos que outras potências desejam...

A tocha apaga-se








A tocha dos Jogos Olímpicos de Pequim foi hoje apagada por causa das manifestações pró-Tibete, durante o percurso da chama pela capital francesa, poucos minutos depois de começar o périplo. As autoridades viram-se obrigadas a colocar a tocha no interior de um autocarro.O incidente ocorreu na segunda paragem da tocha, a cerca de 200 metros da Torre Eiffel, num momento em que as autoridades afrouxaram o dispositivo de segurança. Vários militantes ecologistas e alguns elementos dos Repórteres Sem Fronteiras tentaram travar o percurso da chama, o que obrigou as autoridades a apagá-la e a colocá-la dentro de um autocarro."A tocha teve que ser apagada por causa de um problema técnico", indicou um polícia citado pela Reuters.Um membro do Partido dos Verdes francês também foi impedido pela polícia, hoje cedo, de agarrar a tocha quando esta era transportada pelo atleta Stéphane Diagana.Estima-se que possam ter estado envolvidas nas manifestações pró-Tibete e contra os Jogos de Pequim pelo menos 500 pessoas, a maioria das quais junto à Torre Eiffel. Os manifestantes exibiam cartazes onde se podia ler: "Boicote aos bens chineses" e "Salvem o Tibete".

sábado, abril 05, 2008

Viver sem "Made in China"


Seria capaz de viver um ano sem produtos fabricados na China?
Num livro intitulado “Um Ano sem «Made in China»” a jornalista americana Sara Bongiorni descreve a sua odisseia e a da sua família que tentaram passar um ano sem recorrer a nenhum produto ou serviço com a famigerada etiqueta “Made in China”… Segundo a autora é extremamente difícil cumprir esse boicote já que desde sapatos a brinquedos e até reparar uma cómoda estragada, tudo parece depender em alguma medida de algum produto fabricado no Império do Meio… As motivações de Bongiorni não eram políticas, mas pretendia medir até que ponto é que a vida ordinária de uma família americana comum estava dependente dos artigos fabricados na China e conclusão a que chegou foi de que… Sim, que havia uma ligação de dependência extrema e quase absoluta… Segundo a própria “Nós queríamos que a nossa história fosse um olhar amigável, sem preconceitos sobre as formas como as pessoas comuns se ligam à Economia Global”.


Amazon (com video)
The New York Times:

By Stephen J. Dubner
There are a lot of things to think about, and a lot of ways to assess the stream of flawed and dangerous Chinese imports, the accumulation of which has lately captured the public and media imagination. (We touched on the issue briefly here; a new book by Sara Bongiorni, A Year Without “Made in China”: One Family’s True Life Adventure in the Global Economy, is suddenly very au courant.)
What are the big-picture thoughts to take away from this? The opinion pages of the Wall Street Journal and New York Times today offer vastly divergent ideas, neither of which will be surprising to the papers’ regular readers, but which, taken together, show just how much there is to think about the China effect.
The Journal piece is by Jeremy Haft, himself the author of a new China book: All the Tea in China: How to Buy, Sell, and Make Money on the Mainland. His OpEd is called “The China Syndrome,” and its thesis is well delivered in its lead:
What could be reassuring about killer Chinese toothpaste, toys and tires? Hard to believe, but there’s a silver lining. The rash of product recalls reveals that China is not the manufacturing juggernaut we fear — and that America has an edge we tend to overlook.
Haft goes on to chronicle a variety of reasons — inefficiencies, corruption, lack of oversight, etc. — that foretell a continuing trend in Chinese trouble.
The Times piece is an unsigned editorial headlined “Killing the Regulator.” It, too, takes note of various Chinese shortcomings and it, too, searches for a silver lining in the trouble. But, instead of sounding a rallying cry for American businesses to exploit Chinese weaknesses, as the Journal piece implicitly does, the Times piece calls for more regulation — first from the U.S. side, until China gets its house in order:
What China needs is an effective and transparent regulatory system and a clear understanding that its export boom will suffer if it continues to sell tainted food, toys and toothpaste. Until that happens — and there is no guarantee that it will — American regulators will have to do more to screen Chinese imports to protect American consumers.
Whereas the Journal piece ends on an up note — “Remember, these recalls tell us as much about China as they do about America,” Haft writes. “The silver lining is our inherent strength” — the Times piece concludes with a dark, dark view of the future, courtesy of the President:
Unfortunately, the Bush administration has spent the last five-plus years emasculating the American regulatory system. The Consumer Product Safety Commission has seen its budgets repeatedly cut. The Food and Drug Administration has not received the resources it needs and today inspects only a minute share of all imported food.
It is hard to imagine anything good coming out of the China export scandals. But perhaps they will persuade Congress’s new Democratic leaders that America also needs a stronger and more transparent regulatory system.

sexta-feira, abril 04, 2008

Relações de Cooperação China-África: O Caso de Angola


No âmbito das Relações Internacionais hodiernas, a China apresenta-se cada vez mais activa, coadjuvada pelas relações de cooperação que tem encetado gradualmente. Nesse sentido, as parcerias com o continente africano ajudam a consolidar essa posição. Por esse motivo elegemos esse relacionamento como objecto de estudo, procurando proporcionar um modesto contributo para uma matéria actual que poderá revolucionar o modus operandi das relações de cooperação entre os designados países do Norte e Sul e Sul-Sul. O objectivo fundamental é contribuir para a reflexão sobre o paradigma das relações de cooperação Sul-Sul na conquista do desenvolvimento. A Cooperação China-África assume duas modalidades: uma multilateral, que abrange o conjunto dos países envolvidos nos Fóruns de Cooperação, e uma bilateral, que concerne ao relacionamento que a China desenvolve com cada um deles. Sobre esta última modalidade, dedica-se especial atenção às relações entre a China e Angola. O ponto de partida incide na política externa chinesa e a sua projecção de poder em África, uma vez que o país asiático assume-se como principal agente de intervenção numa cooperação que se quer mutuamente benéfica. E é precisamente sobre este aspecto que dedicamos urna análise crítica de molde a contribuir para a expli-citação de algumas questões que este relacionamento coloca.


Índice
I. Enquadramento Teórico das Relações China-África II. A Estratégia da China em África III. Antecedentes e Evolução das Relações Diplomáticas entre a China e Angola IV. Objectivos da Cooperação China-Angola V. Perspectivas da Relação de Cooperação China-Angola


quarta-feira, abril 02, 2008

Colapso parcial de ponte na China

Uma embarcação de sete mil toneladas chocou contra a ponte de Jintang, situada na província chinesa de Zhejiang, provocando 14 feridos e quatro desaparecidos, todos membros da tripulação. Parte da ponte, que está ainda em construção, caiu em cima do navio, cuja remoção do local tem sido uma tarefa muito difícil. O acidente, cujas causas estão ainda por apurar, levou à intervenção de uma dezena de barcos de salvamento.

Público

segunda-feira, março 31, 2008

The Second World


O poder norte-americano perde força e em breve partilhará a liderança global com a China e a UE. É o que diz Parag Khanna, autor do livro-bomba que acaba de sair nos Estados Unidos.

(ver reportagem no Courrier Internacional de Abril)










sábado, março 22, 2008

E esta, hein?


Recusa de diálogo na questão do Tibete justifica "medidas de boicote" aos Jogos Olímpicos, diz Presidente do Parlamento Europeu


O presidente do Parlamento Europeu, Hans Gert Pöttering, defendeu hoje "medidas de boicote" aos Jogos Olímpicos de Pequim caso a China continue a recusar dialogar com o líder espiritual tibetano Dalai Lama."Pequim tem de se decidir. É preciso entrar em conversações imediatamente com o Dalai Lama, mas se não houver nenhum sinal de comunicação, eu considero que as medidas de boicote [dos Jogos Olímpicos] serão justificadas", referiu Pöttering numa entrevista a um jornal alemão. De acordo com a agência France Press (AFP), que cita o jornal "Bild am Sonntag", o presidente do Parlamento Europeu salientou que também ele quer que os jogos aconteçam entre 8 e 24 de Agosto, conforme programado, "mas nunca ao preço do genocídio cultural dos tibetanos". Pöttering apela assim aos países da União Europeia a falar "a uma só voz" em matéria de defesa dos Direitos Humanos no Tibete.


Ler no Público

Guomindang vence presidenciais em Taiwan




O Partido Nacionalista do Guomindang, venceu hoje as eleições presidenciais, prometendo um um melhor relacionamento com a China, que reclama a soberania sobre Taiwan.

O candidato, Ma Ying-jeou obteve 58 por cento dos votos, enquanto o candidato do Partido Democrático Progressista, no poder, Frank Hsieh, obteve 42 por cento.

A participação eleitoral foi de 76 por cento.“Isto não é uma vitória para nós nem uma vitória para os nacionalistas”, disse Ma a milhares de apoiantes na baixa da capital, Taipé.

terça-feira, março 18, 2008

domingo, março 16, 2008

Crise no Tibete

Galeria de fotos :


















Ronda pela imprensa :


China faz ultimato aos manifestantes e exilados pedem inquérito da ONU (Público)

Dalai Lama condena “genocídio cultural” no Tibete (Público)

Fire on the roof of the world (The Economist)

China faces crisis as world leaders call for restraint (The Times)
Tibet and the Olympics (The Wall Street Journal)

Tibet regional gov't: Sabotage in Lhasa masterminded by Dalai clique (Xinhua)

Monk Protests in Tibet Draw Chinese Security (The New York Times)
Tibet protests continue after day of violence (Telegraph)

Tibet : les manifestations font leurs premières victimes (Le Figaro)

Fome de recursos

China's hunger for natural resources is causing more problems at home than abroad

THERE is no exaggerating China's hunger for commodities. The country accounts for about a fifth of the world's population, yet it gobbles up more than half of the world's pork, half of its cement, a third of its steel and over a quarter of its aluminium. It is spending 35 times as much on imports of soya beans and crude oil as it did in 1999, and 23 times as much importing copper—indeed, China has swallowed over four-fifths of the increase in the world's copper supply since 2000.

What is more, China is getting ever hungrier. Although consumption of petrol is falling in America, the oil price is setting new records, because demand from China and other developing economies is still on the rise. The International Energy Agency expects China's imports of oil to triple by 2030. Chinese demand for raw materials of all sorts is growing so fast and creating such a bonanza for farmers, miners and oilmen that phrases such as “bull market” or “cyclical expansion” do not seem to do it justice (...)

O artigo completo:

http://www.economist.com/opinion/displaystory.cfm?story_id=10853534

O Império das Bicicletas




"A bicicleta já não é o único ícone de um país que se moderniza. Apesar da trasformação, as duas rodas continuam a ser o trasporte por excelência na RPC e em circulação existem ainda cerca de 500 milhões de bicicletas"


Maria João Belchior


Revista Macau

"A Flying Pigeon (ou Fei GE) é a marca mais conhecida e mais emblemática de bicicletas na China. Os tempos mudam e o `pombo`voador prepara-se para novos voos (...)"

Rui Boavida


Revista Macau


Um documentário sobre o Império das Bicicletas:

terça-feira, março 04, 2008

China - A Escalada do Dragão


Chegou às livrarias portuguesas o último livro de Renata Pisu, Cina - Il Drago Rampante. Trata-se de mais uma obra sobre a grande eslcalada chinesa. Em boa verdade, já chega de livros "de la Palice" sobre a China e aguardam-se obras de fundo! Aliás, quem pretenda escrever um livro deve ir primeiro à China!
Agora a sinopse:

A China parece um comboio que viaja a alta velocidade, mas ninguém sabe para onde vai, se vai efectuar alguma paragem e se há um fim da linha. Não o sabem os Chineses e não o sabemos nós que, admirados e reticentes, assistimos à corrida. Talvez a China e o Ocidente devessem ambos reinventar-se ou, pelo menos, descobrir o modo de se encontrarem.
Grande jornalista, ensaísta de gema e profunda conhecedora e estudiosa da China, Renata Pisu fala-nos deste país – que hoje é, mais do que nunca, olhado com atenção, se não temido, pelo Ocidente - com a consciência de que nunca se sabe o suficiente sobre uma realidade tão vasta, complexa e difícil de apreender no seu todo.Por isso, neste livro, com eficácia e um talento narrativo brilhante, ela apresenta-nos os mil rostos da China numa espécie de vivo fresco, ligando passado e presente num discurso unificador:– As megalópoles em pleno desenvolvimento como Xangai e as imensas áreas rurais, atrasadas e cheias de indigentes;– O poder forte do Partido que ainda hoje se define como Comunista e a afirmação de um capitalismo selvagem;– A cultura milenar do Império Celeste e os novos intelectuais;– Uma língua que aparentemente constituiria um obstáculo para comunicar com o resto do mundo e que, pelo contrário, encontra nas novas tecnologias um aliado para se revitalizar;– A relação com o Ocidente, nunca realmente realizada devido à permanência de uma substancial “estranheza” de ambas as partes…
Um itinerário sugestivo e cativante, rico em reflexões, notícias e detalhes que nos são desconhecidos, conduz-nos à descoberta de um mundo e, simultaneamente, levanta ma pergunta crucial: até onde escalará o dragão e que fisionomia terá assumido no final da ascensão?



Renata Pisu estuda há muito na Universidade de Pequim, afirmando-se como uma das mais notáveis e conhecidas especialistas no mundo chinês. Jornalista desde sempre atenta aos problemas do Extremo Oriente, foi a principal correspondente do jornal La Stampa em Tóquio e, a partir de 1990, enviada especial de La Reppublica. Para a RAI (Radiotelevisão Italiana) concebeu e realizou várias transmissões radiofónicas. Actualmente escreve para os jornais L´Expresso, La Repubblica e D. De entre os seus livros publicados destacam-se: L´Opera di Pechino (Editora Mondadori, 1983); Cina, entre homens e monstros (Editora Rizzoli,1991); La via della Cina – prémio Rapallo e finalista do prémio Strega –, Alle radici del sole (2000) e Oriente Express (2002).


Outras obras da mesma autora:

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

E assim aconteceu...

[Natureza Morta] Sem ser o filme chinês que mais apreciei, é uma obra interessante do ponto de vista visual. Vale, essencialmente, como expressão das trasformações a que a China moderna está envolvida. O mega projecto da Barragem das Três Gargantas é o cenário central desta obra, que fugazmente o realizador aproveitou para denunciar os desrespeitos sociais.

Escreve o The New York Times sobre o filme:

"This may sound like a prescription for social cinema, but Mr. Jia’s interest lies in visual ideas and human behavior, not agendas. Elegantly photographed by Yu Likwai in high-definition digital video, the movie opens with a series of nearly seamless, seemingly contiguous lateral pans across men, women and children congregated in a boat on the Yangtze near the dam. The camera sweeps across the passengers slowly enough so that you can see each person alternately laughing, chattering and in repose. After exploring the formal possibilities of the long shot in his breakthrough film, "Plataform" (2000), Mr. Jia has again started to edge near his characters. In “Still Life” he uses human bodies as moving space, to borrow Michelangelo Antonioni´s peerless phrase, but with enormous tenderness".



terça-feira, fevereiro 26, 2008

Mangamania e Maolatria


No histórico livro de Alain Peyrefitte, Quand la Chine S´éveillera...le monde tremblerá, disponível num alfarrabista perto de si, encontrei este delicioso episódio:

Um cesto de mangas (pp. 59-61)

A 5 de Agosto de 1968, fez [Mao] mandar ao «grupo de propaganda (…), um cesto de mangas oferecido por uma delegação paquistanesa. Esta oferta, logo interpretada como o testemunho tangível de uma bênção presidencial, provocou uma intensa emoção (…). Reuniram-se logo à volta do presente. Soltaram-se clamores de alegria e cantou-se. Os olhos cheios de lágrimas, gritou-se sem fim e do mais profundo coração: Longa Vida para o nosso chefe bem-amado, ao venerável presidente Mao! (…)

A «boa nova» é imediatamente transmitida pelo telefone a todas as fábricas às quais pertencia a equipa de propaganda (…) Por sua vez, os trabalhadores das unidades às quais pertrenciam os membros da equipa de propaganda manifestaram o desejo de obter pelo menos um desses frutospreciosos. Uma parte das mangas contidas no cestyo foi, portanto, distribuida nas diversas fébricas, comunas rurais, e até à tripulação de um barco. Numa tipografia de Pequim, segundo um outro jornal, foi organizada uma reunião em honra da manga que fora atribuida a essa empresa. Cerca das onze horas da noite, os operários consideraram, por unanimidade, que não se podia admitir que esse fruto apodressesse. Era preciso encontrar uma maneira de o conservar, custasse o que custasse. Nesse caso, poderia ser transmitido às «gerações futuras», de modo que elas «permaneçam eternamente fiéis ao presidente Mao». No dia seguinte, procurou-se febrilmente que processo químico permitiria tratar as mangas. O institutoAgronómico de Pequim e o Museu de História Natural, consultados, confessaram-se incapazes de propor outro processo além de um frasco de formol. Logo, os marceneiros da tipografia, «esquecendo-se até de comer», puseram-se a fabricar uma caixinha «destinada a receber o frasco onde seria colocada a manga». A fotografia do frasco contendo a manga e da caixinha que ia receber o frasco foi espalhada por todo o país.
"

[E tudo isto por um cesto de mangas. Sabe-se hoje que o Grande Timoneiro não gostava deste fruto...]







BRIC BY BRIC


Segue hoje o ciclo de cinema chinês no Teatro Aveirense com a apresentação do filme Natureza Morta (Still Life). Em paralelo, pode-se apreciar a exposição de Pedro Amaral, Bric by Bric, inspirada no conceito da Goldman Sachs.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Aos chineses residentes em Lisboa


Para registar:


Mensagem do Sr। Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
à comunidade Chinesa de Lisboa


É com grande regozijo que me dirijo a toda a comunidade chinesa residente em Lisboa, bem como não poderia deixar de ser a todos os seus descendentes, por ocasião da cerimónia de celebração de entrada do novo ano Chinês, para desejar os votos de um feliz e próspero ano novo traduzido num ano cheio de felicidade e saúde para todos.

A celebração desta importante efeméride constituiu um grande êxito para a diáspora residente em Lisboa e no País, sobre a qual não posso deixar de reconhecer o vasto contributo e enaltecer a enorme mais valia que esta representa para a diversidade cultural que tão bem distingue e caracteriza a nossa cidade e cuja integração tem sido pautada por uma indescritível determinação, compromisso, serenidade e vontade de trabalhar admiráveis.


Acredito seriamente que o relacionamento institucional entre Portugal e a China será igualmente reforçado precisamente por via do estreitamento das relações existentes entre os dois países de forma cada vez mais profícua, e que no caso particular de Lisboa se encontram consubstanciadas, expressamente, pelos acordos celebrados com Macau e Pequim.
Não será despiciente afirmar que a China celebra uma nova etapa da sua história vincadamente de internacionalização, cujo expoente máximo culmina na organização dos Jogos Olímpicos agendados para o próximo mês de Agosto deste ano, atitude essa, que sairá com certeza largamente consolidada pela génese de prosperidade, abundância económica e de liderança natural que advêm indubitavelmente dos desígnios do Ano Lunar do Rato.

Resta-me apenas, uma vez mais, reiterar os votos de continuação de um bom ano para toda a comunidade chinesa, numa já secular ligação para com a história, a cultura e tradição de todo um povo com o qual Portugal partilha uma parte da sua própria história.

O Presidente

António Costa

O Grande Bluff Chinês


Já anda por aí!

A China fascina o Ocidente, mas não passa de um dragão de papel

Os tempos mudaram mas os métodos são os mesmos: ontem a China maoísta enganava-nos com a propaganda, hoje Pequim joga e faz bluff. Nos aspectos económico, político e social ou diplomático o Império do Meio tem contornos de um dragão de papel: mil famílias comunistas continuam a governar o país, as liberdades são inexistentes, o Partido joga com as estatísticas económicas, as empresas mais importantes são propriedade do Estado e o «milagre económico» assenta na pirataria, na contrafacção e num Made in China de pacotilha. Um tremendo fosso social separa meia dúzia de ricos de uma massa de pobres…Não, o futuro do Mundo não está nas mãos da China! É uma realidade bem diferente a que nos revela Thierry Wolton: a do discurso ambíguo, do engano e da corrupção. Pela sua perspectiva insolente faz-se luz sobre um país embelezado pelo verniz capitalista.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Leituras

Um retrato curioso da geração pós-Mao, desafiadora e corajosa, cujos sonhos seriam destruídos numa praça pela maquina do poder.

domingo, julho 22, 2007

pandas



Um par de pandas gémeos com um dia apenas é apresentado publicamente no centro chinês para a protecção e desenvolvimento de pandas, em Wolong, na província de Sichuan. Huamei, um panda fêmea gigante de oito anos que veio dos Estados Unidos, deu ontem à luz estas duas crias gémeas em Sichuan, avança a Xinhua News Agency. Foto: China Daily/Reuters. Fonte: Jornal Público