domingo, março 16, 2008

Crise no Tibete

Galeria de fotos :


















Ronda pela imprensa :


China faz ultimato aos manifestantes e exilados pedem inquérito da ONU (Público)

Dalai Lama condena “genocídio cultural” no Tibete (Público)

Fire on the roof of the world (The Economist)

China faces crisis as world leaders call for restraint (The Times)
Tibet and the Olympics (The Wall Street Journal)

Tibet regional gov't: Sabotage in Lhasa masterminded by Dalai clique (Xinhua)

Monk Protests in Tibet Draw Chinese Security (The New York Times)
Tibet protests continue after day of violence (Telegraph)

Tibet : les manifestations font leurs premières victimes (Le Figaro)

Fome de recursos

China's hunger for natural resources is causing more problems at home than abroad

THERE is no exaggerating China's hunger for commodities. The country accounts for about a fifth of the world's population, yet it gobbles up more than half of the world's pork, half of its cement, a third of its steel and over a quarter of its aluminium. It is spending 35 times as much on imports of soya beans and crude oil as it did in 1999, and 23 times as much importing copper—indeed, China has swallowed over four-fifths of the increase in the world's copper supply since 2000.

What is more, China is getting ever hungrier. Although consumption of petrol is falling in America, the oil price is setting new records, because demand from China and other developing economies is still on the rise. The International Energy Agency expects China's imports of oil to triple by 2030. Chinese demand for raw materials of all sorts is growing so fast and creating such a bonanza for farmers, miners and oilmen that phrases such as “bull market” or “cyclical expansion” do not seem to do it justice (...)

O artigo completo:

http://www.economist.com/opinion/displaystory.cfm?story_id=10853534

O Império das Bicicletas




"A bicicleta já não é o único ícone de um país que se moderniza. Apesar da trasformação, as duas rodas continuam a ser o trasporte por excelência na RPC e em circulação existem ainda cerca de 500 milhões de bicicletas"


Maria João Belchior


Revista Macau

"A Flying Pigeon (ou Fei GE) é a marca mais conhecida e mais emblemática de bicicletas na China. Os tempos mudam e o `pombo`voador prepara-se para novos voos (...)"

Rui Boavida


Revista Macau


Um documentário sobre o Império das Bicicletas:

terça-feira, março 04, 2008

China - A Escalada do Dragão


Chegou às livrarias portuguesas o último livro de Renata Pisu, Cina - Il Drago Rampante. Trata-se de mais uma obra sobre a grande eslcalada chinesa. Em boa verdade, já chega de livros "de la Palice" sobre a China e aguardam-se obras de fundo! Aliás, quem pretenda escrever um livro deve ir primeiro à China!
Agora a sinopse:

A China parece um comboio que viaja a alta velocidade, mas ninguém sabe para onde vai, se vai efectuar alguma paragem e se há um fim da linha. Não o sabem os Chineses e não o sabemos nós que, admirados e reticentes, assistimos à corrida. Talvez a China e o Ocidente devessem ambos reinventar-se ou, pelo menos, descobrir o modo de se encontrarem.
Grande jornalista, ensaísta de gema e profunda conhecedora e estudiosa da China, Renata Pisu fala-nos deste país – que hoje é, mais do que nunca, olhado com atenção, se não temido, pelo Ocidente - com a consciência de que nunca se sabe o suficiente sobre uma realidade tão vasta, complexa e difícil de apreender no seu todo.Por isso, neste livro, com eficácia e um talento narrativo brilhante, ela apresenta-nos os mil rostos da China numa espécie de vivo fresco, ligando passado e presente num discurso unificador:– As megalópoles em pleno desenvolvimento como Xangai e as imensas áreas rurais, atrasadas e cheias de indigentes;– O poder forte do Partido que ainda hoje se define como Comunista e a afirmação de um capitalismo selvagem;– A cultura milenar do Império Celeste e os novos intelectuais;– Uma língua que aparentemente constituiria um obstáculo para comunicar com o resto do mundo e que, pelo contrário, encontra nas novas tecnologias um aliado para se revitalizar;– A relação com o Ocidente, nunca realmente realizada devido à permanência de uma substancial “estranheza” de ambas as partes…
Um itinerário sugestivo e cativante, rico em reflexões, notícias e detalhes que nos são desconhecidos, conduz-nos à descoberta de um mundo e, simultaneamente, levanta ma pergunta crucial: até onde escalará o dragão e que fisionomia terá assumido no final da ascensão?



Renata Pisu estuda há muito na Universidade de Pequim, afirmando-se como uma das mais notáveis e conhecidas especialistas no mundo chinês. Jornalista desde sempre atenta aos problemas do Extremo Oriente, foi a principal correspondente do jornal La Stampa em Tóquio e, a partir de 1990, enviada especial de La Reppublica. Para a RAI (Radiotelevisão Italiana) concebeu e realizou várias transmissões radiofónicas. Actualmente escreve para os jornais L´Expresso, La Repubblica e D. De entre os seus livros publicados destacam-se: L´Opera di Pechino (Editora Mondadori, 1983); Cina, entre homens e monstros (Editora Rizzoli,1991); La via della Cina – prémio Rapallo e finalista do prémio Strega –, Alle radici del sole (2000) e Oriente Express (2002).


Outras obras da mesma autora:

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

E assim aconteceu...

[Natureza Morta] Sem ser o filme chinês que mais apreciei, é uma obra interessante do ponto de vista visual. Vale, essencialmente, como expressão das trasformações a que a China moderna está envolvida. O mega projecto da Barragem das Três Gargantas é o cenário central desta obra, que fugazmente o realizador aproveitou para denunciar os desrespeitos sociais.

Escreve o The New York Times sobre o filme:

"This may sound like a prescription for social cinema, but Mr. Jia’s interest lies in visual ideas and human behavior, not agendas. Elegantly photographed by Yu Likwai in high-definition digital video, the movie opens with a series of nearly seamless, seemingly contiguous lateral pans across men, women and children congregated in a boat on the Yangtze near the dam. The camera sweeps across the passengers slowly enough so that you can see each person alternately laughing, chattering and in repose. After exploring the formal possibilities of the long shot in his breakthrough film, "Plataform" (2000), Mr. Jia has again started to edge near his characters. In “Still Life” he uses human bodies as moving space, to borrow Michelangelo Antonioni´s peerless phrase, but with enormous tenderness".



terça-feira, fevereiro 26, 2008

Mangamania e Maolatria


No histórico livro de Alain Peyrefitte, Quand la Chine S´éveillera...le monde tremblerá, disponível num alfarrabista perto de si, encontrei este delicioso episódio:

Um cesto de mangas (pp. 59-61)

A 5 de Agosto de 1968, fez [Mao] mandar ao «grupo de propaganda (…), um cesto de mangas oferecido por uma delegação paquistanesa. Esta oferta, logo interpretada como o testemunho tangível de uma bênção presidencial, provocou uma intensa emoção (…). Reuniram-se logo à volta do presente. Soltaram-se clamores de alegria e cantou-se. Os olhos cheios de lágrimas, gritou-se sem fim e do mais profundo coração: Longa Vida para o nosso chefe bem-amado, ao venerável presidente Mao! (…)

A «boa nova» é imediatamente transmitida pelo telefone a todas as fábricas às quais pertencia a equipa de propaganda (…) Por sua vez, os trabalhadores das unidades às quais pertrenciam os membros da equipa de propaganda manifestaram o desejo de obter pelo menos um desses frutospreciosos. Uma parte das mangas contidas no cestyo foi, portanto, distribuida nas diversas fébricas, comunas rurais, e até à tripulação de um barco. Numa tipografia de Pequim, segundo um outro jornal, foi organizada uma reunião em honra da manga que fora atribuida a essa empresa. Cerca das onze horas da noite, os operários consideraram, por unanimidade, que não se podia admitir que esse fruto apodressesse. Era preciso encontrar uma maneira de o conservar, custasse o que custasse. Nesse caso, poderia ser transmitido às «gerações futuras», de modo que elas «permaneçam eternamente fiéis ao presidente Mao». No dia seguinte, procurou-se febrilmente que processo químico permitiria tratar as mangas. O institutoAgronómico de Pequim e o Museu de História Natural, consultados, confessaram-se incapazes de propor outro processo além de um frasco de formol. Logo, os marceneiros da tipografia, «esquecendo-se até de comer», puseram-se a fabricar uma caixinha «destinada a receber o frasco onde seria colocada a manga». A fotografia do frasco contendo a manga e da caixinha que ia receber o frasco foi espalhada por todo o país.
"

[E tudo isto por um cesto de mangas. Sabe-se hoje que o Grande Timoneiro não gostava deste fruto...]







BRIC BY BRIC


Segue hoje o ciclo de cinema chinês no Teatro Aveirense com a apresentação do filme Natureza Morta (Still Life). Em paralelo, pode-se apreciar a exposição de Pedro Amaral, Bric by Bric, inspirada no conceito da Goldman Sachs.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Aos chineses residentes em Lisboa


Para registar:


Mensagem do Sr। Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
à comunidade Chinesa de Lisboa


É com grande regozijo que me dirijo a toda a comunidade chinesa residente em Lisboa, bem como não poderia deixar de ser a todos os seus descendentes, por ocasião da cerimónia de celebração de entrada do novo ano Chinês, para desejar os votos de um feliz e próspero ano novo traduzido num ano cheio de felicidade e saúde para todos.

A celebração desta importante efeméride constituiu um grande êxito para a diáspora residente em Lisboa e no País, sobre a qual não posso deixar de reconhecer o vasto contributo e enaltecer a enorme mais valia que esta representa para a diversidade cultural que tão bem distingue e caracteriza a nossa cidade e cuja integração tem sido pautada por uma indescritível determinação, compromisso, serenidade e vontade de trabalhar admiráveis.


Acredito seriamente que o relacionamento institucional entre Portugal e a China será igualmente reforçado precisamente por via do estreitamento das relações existentes entre os dois países de forma cada vez mais profícua, e que no caso particular de Lisboa se encontram consubstanciadas, expressamente, pelos acordos celebrados com Macau e Pequim.
Não será despiciente afirmar que a China celebra uma nova etapa da sua história vincadamente de internacionalização, cujo expoente máximo culmina na organização dos Jogos Olímpicos agendados para o próximo mês de Agosto deste ano, atitude essa, que sairá com certeza largamente consolidada pela génese de prosperidade, abundância económica e de liderança natural que advêm indubitavelmente dos desígnios do Ano Lunar do Rato.

Resta-me apenas, uma vez mais, reiterar os votos de continuação de um bom ano para toda a comunidade chinesa, numa já secular ligação para com a história, a cultura e tradição de todo um povo com o qual Portugal partilha uma parte da sua própria história.

O Presidente

António Costa

O Grande Bluff Chinês


Já anda por aí!

A China fascina o Ocidente, mas não passa de um dragão de papel

Os tempos mudaram mas os métodos são os mesmos: ontem a China maoísta enganava-nos com a propaganda, hoje Pequim joga e faz bluff. Nos aspectos económico, político e social ou diplomático o Império do Meio tem contornos de um dragão de papel: mil famílias comunistas continuam a governar o país, as liberdades são inexistentes, o Partido joga com as estatísticas económicas, as empresas mais importantes são propriedade do Estado e o «milagre económico» assenta na pirataria, na contrafacção e num Made in China de pacotilha. Um tremendo fosso social separa meia dúzia de ricos de uma massa de pobres…Não, o futuro do Mundo não está nas mãos da China! É uma realidade bem diferente a que nos revela Thierry Wolton: a do discurso ambíguo, do engano e da corrupção. Pela sua perspectiva insolente faz-se luz sobre um país embelezado pelo verniz capitalista.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Leituras

Um retrato curioso da geração pós-Mao, desafiadora e corajosa, cujos sonhos seriam destruídos numa praça pela maquina do poder.

domingo, julho 22, 2007

pandas



Um par de pandas gémeos com um dia apenas é apresentado publicamente no centro chinês para a protecção e desenvolvimento de pandas, em Wolong, na província de Sichuan. Huamei, um panda fêmea gigante de oito anos que veio dos Estados Unidos, deu ontem à luz estas duas crias gémeas em Sichuan, avança a Xinhua News Agency. Foto: China Daily/Reuters. Fonte: Jornal Público

sábado, junho 16, 2007

55 Dias em Pequim


Hoje passou no canal Hollywood o épico 55 Dias em Pequim, com uma comovente história de amor e lealdade na China. A história desenrola-se no interior da Cidade Proibida, quando um pequeno grupo de estrangeiros se vê ali encurralado e cercado por milhares de fanáticos chineses, durante a revolta dos Boxers. A coragem e liderança de um marinheiro americano (Charlton Heston) e do Embaixador inglês (David Niven) são a única esperança, enquanto uma bela Condessa russa (Ava Gardner) tem de escolher entre a liberdade e os seus compromissos.

Conferência: China rise: Which outcomes?


Postal llustrado




Pés de Mineiro: Um mineiro chinês descansa os pés durante uma folga do seu trabalho, numa mina de carvão.


Foto: Reuters Fonte: Público

sexta-feira, junho 15, 2007

Brigada anti-cuspo


O governo destacou uma brigada de voluntários para corrigir os maus costumes dos cidadãos: cuspir para o chão. As Autoridades chinesas querem melhorar a imagem do país antes das Olimpíadas de 2008.




Fonte: Planeta bizarro (Globo)

A grande escapada da China

O departamento de património histórico da China começou a investigar as companhias de mineração do país acusadas de derrubar parte da Grande Muralha para permitir a passagem de seus camniões e evitar pagar portagens nas auto-estradas.

Fonte: Planeta bizarro (Globo)

terça-feira, junho 12, 2007

Os suspeitos do costume



Suspeitos de roubo e tráfico de droga na China transportam ao pescoço cartazes com os seus nomes e acusações


Foto: China Daily/Reuters

sexta-feira, junho 08, 2007

Salvo da Escravidão


Um dos trabalhadores chineses salvos pela polícia que estavam sujeitos a um regime de escravatura em Hongdong. Ao todo, foram resgatadas 39 pessoas, que foram forçadas a trabalhar durante anos a pão e água, sem direito a qualquer salário, numa obra da responsabilidade do filho de um dirigente local do Partido Comunista Chinês.


Foto: China Daily/Reuters


Fonte: Público

sábado, dezembro 09, 2006

Leituras












É sempre um prazer reler os clássicos de James Clavell, sobretudo Xógum e Tai-Pan. Este último, escrito em 1966, centra a sua trama nos primórdios de Hong Kong, a tomada da ilha pelos ingleses e o nascimento do porto. A figura central, Dirk Struan e o seu maior adversário, Tyler Brock, são dois exemplos de determinação e coragem. Armadores e negociantes hábeis, dedicam-se aos interesses da coroa de Sua Majestade ( e aos seus) , através do comércio de ópio, em que enfrentam os perigos de uma China repleta de mercenários.



sexta-feira, dezembro 08, 2006

Postal ilustrado


Juncos nas águas de Hong Kong

A mais rica do mundo!




Segundo a revista Forbes estes são os chineses mais ricos:

1. Wong Kwong Yu (foto de cima)
2. Xu Rongmao
3. Larry Rong Zhijian
4. Zhu Mengyi
5. Yan Cheung
6. Zhang Li
7. Shi Zhengrong
8. Liu Yongxing
9. Guo Guangchang
10. Lu Guanqiu





O destaque vai para a senhora Yan Cheung, uma self-made woman chinesa, de 49 anos, detentora de uma fortuna avaliada em mais de 2700 milhões de euros. É a mulher mais rica do mundo! A sorridente e simpática chinesa enriqueceu a gerir uma empresa de reciclagem de papel e fabrico de embalagens denominada Nove Dragões, sediada em Hong Kong.




quinta-feira, dezembro 07, 2006

Passagem para a Índia

Artigo de opinião no Diário Económico:

"Quer a China como a Índia concorrem para a afirmação dos seus países como potências regionais e aspiram ao afastamento da hegemonia americana na região"

DE

terça-feira, dezembro 05, 2006

SIDA na China



Na China, o número de casos de pessoas infectadas com o virus da SIDA aumentou 28% nos primeiros dez meses do presente ano – de 144,089 casos em Dezembro de 2005, para 183,733 em 31 de Outubro de 2006. O Ministro da Saúde, num recente relatório, mostrou muita preocupação com a rápida propagação do vírus no seu país. Ainda por cima, alguns especialistas afirmam que os dados agora divulgados podem ser inferiores à realidade. Apontam para os 650,000 de infectados, o que agrava as preocupações sobre esta síndrome no Império do Meio.


sábado, dezembro 02, 2006

Postal ilustrado


Macau de outros tempos

Leituras


Mais uma obra sobre Macau, desta vez, a relação do território com a política externa chinesa na era de Mao (1949-1976). Será interessante verificar como o regime olhou para a colónia portuguesa, sobretudo, durante os perigosos tempos da Revolução Cultural. E, como a porta do cerco serviu de entreposto aos interesses de Pequim. Uma obra a não perder!

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Entre a história e a geografia


Numa pintura do século XVII de Johannes Vermeer podemos percepcionar a relação da história e da geografia, mas sobretudo a relação entre o tempo e o espaço. A presença viva da história é o factor diferenciador entre a Europa e a China e, por outro lado, os Estados Unidos. Enquanto os dois “velhos mundos” têm uma plêiade de memórias ancestrais, o espírito americano, na ânsia de novas fronteiras, tem uma história pouco profunda.

Esta relação da pintura de Vermeer com a história e a geografia foi desenvolvida por David Gosset: A symphony of civilizations

quarta-feira, novembro 15, 2006

Leituras



A Comunidade de Negócios Chinesa em Portugal. Catalizadores da Integração da China na Economia Global, de M. Beatriz Rocha-Trindade, Miguel S. Neves e Annette Bongardt, bem como The Role of Overseas Chinese in Europe in making China Global: the case of Portugal, de Annette Bongardt e Miguel S. Neves são os títulos das obras que hoje foram lançadas na Universidade de Aveiro.


Sinopse

Estes estudos analisam as características e dinâmica da comunidade de negócios chinesa em Portugal no contexto do fenómeno crescente dos fluxos migratórios chineses para Portugal e para a Europa. Com base em pesquisa original baseada em fontes primárias obtidas a partir de inquéritos e entrevistas realizadas com empresários chineses e associações empresariais, o estudo apresenta uma análise aprofundada do papel desempenhado por esta comunidade como facilitador da integração da China na economia mundial e como potencial ponte entre a União Europeia (UE) e a China.

Como é salientado pelo Prof. Valadares Tavares em prefácio, para além das dimensões formais que são geralmente consideradas para explicar este reforço da posição da China no sistema internacional, estes estudos analisam as dimensões informais, nomeadamente o complexo funcionamento da rede de Overseas Chinese que tem um papel fundamental na explicação do sucesso Chinês, oferecendo, nas palavras de Ion de la Riva, Director-Geral da Casa Ásia, Barcelona, informações preciosas ao analisar o funcionamento das comunidades chinesas em Portugal em estreita relação com as de outros países da UE e permitindo, na opinião do Prof. François H. M. Raveau (EHESS, Paris), descobrir uma micro-sociedade polimorfa, activa, industriosa e cosmopolita, bem como a exploração dos seus prolongamentos na comunidade europeia, através de múltiplas redes de interesses.

UA

domingo, novembro 12, 2006

O grande desafio da América



Segundo THOMAS L. FRIEDMAN , num artigo publicado no The New York Times, o grande desafio da América e da recém-chegada maioria democrata, não será o Iraque, o Afeganistão, ou o terrorismo em geral. O autor acredita que quando a história da presente era for escrita o 9/11 e as repetidas incursões militares terão uma importância relativa. O verdadeiro estrondo para a América que ficará gravado nos manuais escolares é a emergência da China e da índia e de como o mundo se reajustará a esta nova realidade.


The New York Times

quinta-feira, novembro 09, 2006

Soma e segue!


Segundo uma projecção da Organização Mundial do Comércio (OMC), a China deverá ultrapassar a Alemanha e converter-se, em 2007, na segunda maior potência comercial do mundo, apenas atrás dos Estados Unidos. A taxa de crescimento chinesa volta a atingir os dois dígitos ao ano e a exportar em grande força para o mundo.


Num relatório hoje apresentado, a OMC ao avaliar a evolução das trocas comerciais à escala global, demonstrou que o excedente da balança comercial chinesa, que em Outubro atingiu um novo máximo histórico de 23,8 mil milhões de dólares, deverá continuar a aumentar. Em contrapartida, aquela organização antecipa um agravamento do défice dos Estados Unidos, que já no ano passado atingiu o equivalente a 8% do PIB.

WTO

quinta-feira, novembro 02, 2006

Leituras

A Longa Marcha
Ed Jocelyn e Andrew Mcewen

Mais uma obra sobre as epopeias de Mao:

Que foi exactamente a Longa Marcha, essa lendária caminhada que fez a China de Mao?

Em Outubro de 1934, a Primeira Frente do Exército do Partido Comunista Chinês escapou à aniquilação das forças nacionalistas de Chiang Kai-shek: 80 000 homens, mulheres e crianças abandonaram as suas casas e os seus pertences para seguir Mao Zedong rumo ao desconhecido. Um ano, 6436 quilómetros e inúmeras batalhas depois, havia menos de 4000 sobreviventes. Destes nasceria o exército que, ao longo catorze anos, conquistou a China, alterando a história do país para sempre.
Em 2002, Ed Jocelyn e Andrew McEwen partiram a fim de refazer a viagem do Exército Vermelho e registar as experiências das últimas testemunhas da Longa Marcha — antes que fosse demasiado tarde. No seu percurso, descobriram uma História viva, incluindo a dos Tibetanos, cujos relatos os censores chineses queriam banir e, sensacionalmente, a de uma mulher que poderá bem ser a filha perdida de Mao.
A presente história contrasta claramente com a versão oficial e com afirmações recentes de que a Marcha terá sido uma fraude; na verdade, ela aconteceu, mas não da forma como foi utilizada pela máquina de propaganda de Mao para chegar ao poder supremo.

Ed Jocelyn e Andrew McEwen conheceram-se na universidade, em Inglaterra, em 1987. McEwen foi para a China em Março de 1997, após uma carreira como editor em jornais dos Estados Unidos e do Reino Unido. Jocelyn partiu para a China após ter concluído um PHD em História. Deixaram ambos o seu trabalho como editores – McEwen no Beijing Today e Jocelyn no China International Business – para iniciarem o projecto «A Nova Longa Marcha». Actualmente, McEwen trabalha como editor no China Features em Beijing e Jocelyn participa na expedição da Longa Marcha II, que segue um dos caminhos históricos alternativos.

Numa livraria perto de si!