segunda-feira, junho 12, 2006

Armas por petróleo



Num relatório hoje publicado pela Amnistia Internacional é feito um retrato negro da China, aparecendo como instigadora de conflitos, da violência criminal e violações dos direitos humanos em países como o Sudão, Nepal, Birmânia e África do Sul. Em jogo está a troca de milhões de dólares de armamento pelo livre acesso a matérias-primas vitais à alimentação do crescimento económico chinês. O relatório aponta também responsabilidades a algumas empresas ocidentais que estão envolvidas na produção de armamento e, naturalmente, a fomentar este tipo de negócios.


A China emerge como uma das maiores exportadoras mundiais de armamento, grande parte encoberto pelas autoridades de Pequim. Há oito anos que a China não publica informação sobre esta matéria, e não envia informação ao Registo de Armas Convencionais da ONU.


O referido relatório aponta os seguintes casos como instigadores de conflito:

• Mais 200 camiões militares chineses, dotados de motores americanos, vendidos ao Sudão, em Agosto de 2005;
• Armamento convencional vendido à Birmânia, incluindo 400 camiões ao exército birmanês, em Agosto de 2005;
• Exportação de 25 000 espingardas chinesas e 18 000 granadas ao Nepal, entre 2005 e inícios de 2006;
• Um aumento do comércio ilícito de pistolas chinesas Norinco.


Com estes dados ficamos a perceber como a avidez chinesa pelos recursos energéticos está a fomentar conflitos armados em muitos países do mundo, sobretudo nas coordenadas asiáticas.

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