domingo, julho 30, 2006

Gestão à chinesa


A virgínia Trigo concedeu uma interessante entrevista esta semana ao Diário Económico. Confrontada com a questão sobre as possíveis diferenças de gestão entre o Ocidente e o Oriente, respondeu:

"Sem dúvida, embora tenhamos de diferenciar de que Ocidente e de que Oriente estamos a falar. No Japão, por exemplo, valoriza-se os recursos humanos. O Japão seria um país muito pobre se não investisse tanto em recursos humanos. As empresas fazem tudo para os aproveitar: a formação é uma prioridade, o envolvimento dos trabalhadores não é uma figura de retórica, o processo de tomada de decisão é de baixo para cima, os círculos de controlo de qualidade são uma instituição. Trata-se do princípio básico de acreditar nas pessoas e na validade das suas contribuições.

A China é diferente, pela sua dimensão, passado histórico, cultural e diversidade de recursos. É diversa, dinâmica, está sempre a mudar e a experimentar. Há três aspectos que distinguem a gestão chinesa: a aptidão para lidar com paradoxos; a capacidade em lidar com a incerteza; e a gestão familiar, que podemos encontrar no sector privado. Na China as empresas estruturam-se em círculos concêntricos, com o dono da empresa no meio e à sua volta diversos anéis que representam o nível de proximidade dos membros da família (em quem se pode confiar) No anel exterior estarão sempre “os outros”, os que não pertencem à família."

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