quinta-feira, junho 26, 2008

A lista de Kim: Reflexos nos EUA


EUA saúdam decisão, mas querem Pyongyang no trajecto da desnuclearização

Os Estados Unidos fizeram saber, num primeiro momento, que será necessário verificar a veracidade da notícia, mas a Casa Branca anunciou entretanto que saúda a declaração e que irá encetar o processo para levantar as sanções contra este país.

Os EUA ressalvaram, porém, que a Coreia do Norte tem primeiro que cumprir com as suas obrigações no que toca ao seu dossier nuclear antes de a comunidade internacional decidir fazer sair o país do seu isolamento.

Reagindo à notícia, George W. Bush saudou o anúncio da Coreia do Norte e sublinhou que os EUA irão levantar as sanções, mas advertiu Pyongyang que os seus gestos estarão condicionados pela continuação do processo de desnuclearização.

Por seu lado, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, fez saber que espera que a Coreia do Norte deixe os peritos aceder ao coração do seu reactor nuclear a fim de estes poderem verificar a veracidade das declarações constantes do dossier nuclear, quando o conteúdo deste for revelado.

De acordo com o instituto Internacional Crisis Group, baseado em Washington, a Coreia do Norte dispõe entre 46 e 64 quilos de plutónio, o suficiente para fabricar mais de 10 bombas nucleares.

A lista hoje entregue por Pyongyang poderá abrir uma brecha nas negociações, que já se arrastam há cinco anos, entre os Estados Unidos, a China, a Coreia do Sul, o Japão, a Rússia e a Coreia do Norte.

O regime de Pequim tem apostado no dossier coreano uma grande parte das suas energias diplomáticas, pretendendo, entre outros factores, um papel de maior relevo na cena internacional, à altura do seu crescente poderio económico. Desde 2003, quando começaram as rondas a seis, arquitectadas por Pequim, que os esforços se concentram sobretudo na tentativa de levar ou manter o regime norte-coreano à mesa das conversações.

Fonte: Público

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