

Os países industrializados do G8, a China, a Índia e a Coreia do sul consideram que há uma “necessidade urgente” de aumentar a produção do petróleo para fazer face à subida dos preços. Num comunicado publicado na sequência de uma reunião no Japão, os ministros da Energia afirmaram, ainda, que é preciso “aumentar os investimentos no sector energético”.“Sublinhamos a necessidade de maximizar o investimento na nossa própria produção nacional e apelamos aos outros países produtores de petróleo que aumentem o investimento para manter um bom abastecimento dos mercados em resposta ao pedido mundial crescente”, disseram os onze países no comunicado.O consumo desta matéria prima foi multipli
cado por cinco desde 2003 e na sexta-feira bateu um novo recorde em Nova Iorque, onde atingiu os 139,12 dólares por barril, valor que, segundo os analistas, pode chegar aos 150 dólares em Julho.No Japão, o secretário norte-americano de Energia, Samuel Bodman, advertiu ontem os produtores de petróleo que o encarecimento dos preços não será bom para eles caso a economia dos Estados Unidos continue a piorar.Apesar da alta, Bodman afirmou que não vê os altos preços como uma "crise" e rejeitou a necessidade de estabelecer regulamentações mais fortes nos mercados de petróleo, como pedem alguns nos Estados Unidos.Além disso, o comunicado conjunto fez uma convocação para a redução gradual dos subsídios dos combustíveis para substituí-los, "quando possível, por melhores políticas para os beneficiários" e investimentos em energias alternativas. A China e a Índia mantiveram os preços dos combustíveis baixos, num primeiro momento, graças a auxílio governamental, mas recentemente foram obrigadas a aumentá-los, desencadeando grandes manifestações.Nesse contexto, o ministro da Índia de Petróleo, Murli Deora, cancelou sua viagem ao Japão devido a "razões internas", disse um responsável que preferiu não se identificar. A Índia foi representada no encontro em Aomori, um importante centro de energia nuclear a 600 km ao norte de Tóquio, por seu embaixador no Japão, Hemant Krishan Singh.

Fonte: Público
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