domingo, junho 08, 2008

Radar: Na defesa do aumento da produção de petróleo


G8 e potências asiáticas defendem aumento da produção de petróleo




Os países industrializados do G8, a China, a Índia e a Coreia do sul consideram que há uma “necessidade urgente” de aumentar a produção do petróleo para fazer face à subida dos preços. Num comunicado publicado na sequência de uma reunião no Japão, os ministros da Energia afirmaram, ainda, que é preciso “aumentar os investimentos no sector energético”.“Sublinhamos a necessidade de maximizar o investimento na nossa própria produção nacional e apelamos aos outros países produtores de petróleo que aumentem o investimento para manter um bom abastecimento dos mercados em resposta ao pedido mundial crescente”, disseram os onze países no comunicado.O consumo desta matéria prima foi multiplicado por cinco desde 2003 e na sexta-feira bateu um novo recorde em Nova Iorque, onde atingiu os 139,12 dólares por barril, valor que, segundo os analistas, pode chegar aos 150 dólares em Julho.No Japão, o secretário norte-americano de Energia, Samuel Bodman, advertiu ontem os produtores de petróleo que o encarecimento dos preços não será bom para eles caso a economia dos Estados Unidos continue a piorar.Apesar da alta, Bodman afirmou que não vê os altos preços como uma "crise" e rejeitou a necessidade de estabelecer regulamentações mais fortes nos mercados de petróleo, como pedem alguns nos Estados Unidos.Além disso, o comunicado conjunto fez uma convocação para a redução gradual dos subsídios dos combustíveis para substituí-los, "quando possível, por melhores políticas para os beneficiários" e investimentos em energias alternativas. A China e a Índia mantiveram os preços dos combustíveis baixos, num primeiro momento, graças a auxílio governamental, mas recentemente foram obrigadas a aumentá-los, desencadeando grandes manifestações.Nesse contexto, o ministro da Índia de Petróleo, Murli Deora, cancelou sua viagem ao Japão devido a "razões internas", disse um responsável que preferiu não se identificar. A Índia foi representada no encontro em Aomori, um importante centro de energia nuclear a 600 km ao norte de Tóquio, por seu embaixador no Japão, Hemant Krishan Singh.



Fonte: Público

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